quarta-feira, 26 de março de 2014

VENEZUELA: NICOLAS MADURO MANDA PRENDER GENERAIS DA FORÇA AÉREA


Três generais da aviação venezuelana foram presos nas últimas horas, acusados pelo presidente do país, Nicolás Maduro, de planejarem um golpe de Estado.

Bogotá - Três generais da aviação venezuelana foram presos nas últimas horas, acusados pelo presidente do país, Nicolás Maduro, de planejarem um golpe de Estado. A informação foi divulgada terça-feira (25) durante uma Conferência Nacional de Paz. O presidente estava acompanhado por uma delegação de chanceleres da União de Nações Sul-Americanas.

"Capturamos três chefes da aviação que pretendiam lançar a Força Aérea contra o governo legitimamente constituído. Agora eles estão à disposição dos tribunais militares", anunciou Maduro, ao iniciar encontro com chanceleres, entre eles o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo.

"Eles [os oficiais generais] afirmavam que esta semana seria decisiva", disse Maduro. O presidente lamentou que a "carreira dos oficiais tenha sido destruída pelo fato de eles terem escutado conselhos para destruir a democracia".

Diante dos chanceleres, Maduro disse que a Venezuela garante o direito à participação política e os protestos pacíficos. Mas disse que há "um plano para desestabilizar o país e justificar um golpe de Estado". O presidente chamou a oposição venezuelana ao diálogo. "Sigo reafirmando que queremos o caminho da paz e da verdade. E criamos instrumentos e objetivos para fortalecer o diálogo", ressaltou.

A maioria dos partidos de oposição recusa fazer parte das conferências nacionais e regionais do governo. O governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, disse que não negocia enquanto o governo não puser "em prática" o discurso de paz. Desde o início de manifestações de rua três dirigentes opositores foram presos.

O primeiro, detido há mais de um mês, é o líder do partido Vontade Popular, Leopoldo López. Ele é considerado pelo governo como mentor dos "atos violentos" registrados em fevereiro. Dois prefeitos de regiões em que a oposição é mais forte politicamente foram acusados de  incitar a rebelião civil.

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