terça-feira, 14 de janeiro de 2014

HIPOTECAR, PENHORAR OU VENDER A GUINÉ-BISSAU?


HIPOTECAR, PENHORAR OU VENDER A GUINÉ-BISSAU?
É óbvio que não se pode penhorar nem tão pouco vender um País independente com um determinado território, política e geograficamente delimitado, habitado por um povo com o instrumento altamente dominante duma convicção e de um viver coletivo forte! A Guiné-Bissau é um país soberano, com a sua tradição, hino, bandeira e com um exército armado até aos dentes em Mansoa e altamente treinado!
A Guiné-Bissau pertence a todos nós (guineenses) com os quais conta para resolver os seus problemas permanentemente, quer seja no presente ou no futuro. Mal ou bem o país ajudou e formou muitos quadros médios e superiores espalhados por este mundo fora. Sem beiras e nem eiras, todo sonho dum povo foi parar ao mar, segundo canções do nosso querido cantor guineense “Aliu Bari”!
Reconheço o PAIGC como partido libertador da nação guineense. Mais também teve a sua quota-parte de culpa no que diz respeito, a não criação dum Estado ou Governo independente para governar o povo e garantir a ordem através das leis, e uma Constituição que beneficie todo um país. Por outro lado, também podia melhorar a sua política externa, educação, saúde pública, energia, projetos no sector agrícola, as infraestruturas e as pequenas industriais etc. etc.
Compatriotas, tantos anos de independência para quê? A Guiné-Bissau atravessa um momento caótico! O nosso país precisa de uma estabilidade política e autoconfiança, urgentemente. Só assim poderá atrair o investimento vindo de fora, tão indispensável para o seu desenvolvimento. Temos vindo a presenciar, nos últimos tempos, a múltiplas facadas à democracia, com detenções arbitrárias sem culpa formada, assassinatos, e privação de direitos fundamentais etc. etc.!
Parece-me que, tudo vai mal neste momento no nosso país: desde caso de 74 Sírios (TAP). Por outro lado, a nossa relação com Portugal, Cabo Verde e a Angola está beliscadíssimo! É o maior partido do país que até a data presente não consegue realizar o seu congresso, é o recenseamento que anda a passo de caracol, falta de combustível, greves por todo lado!
Sendo assim, com este tipo de comportamento o país corre o risco de ficar isolado no plano internacional, comprometendo seriamente a débil e frágil jovem democracia em construção no nosso país! Neste momento precisamos de restaurar com urgência, a representação democrático das Instituições, não podemos aceitar este tipo de procedimentos.
Pergunto há quem de direito: afinal, há ou não, a realização das eleições gerais para a data anunciado pelo nosso Presidente da República? 
Quero pessoalmente, por este meio, apelar a todos guineenses e amigos da Guiné-Bissau, que nos unamos neste momento difícil que o nosso país se encontra para garantir a realização das eleições gerais agendada para o dia 16 de Março de 2014, por forma a corrigir o deficit democrático vigente no nosso país!
Neste caso: “Só o burro que não muda de opinião” “Mário Soares”!
Depois duma profunda reflexão, depois de ter participado em vários debates sobre a situação do nosso país, passei muitas noites a contar carneirinhos para poder dormir e cheguei a uma conclusão: Guiné-Bissau é estado membro das Nações Unidas, vive uma situação de sucessivos desequilíbrios político-institucional, económico-financeiro e social, com propensão e risco iminentes de que a tensão social geral possa ceder à conflitualidade violenta e daí que, pode-se solicitar uma missão integrada das Nações Unidas na Guiné-Bissau, baseando numa das suas resoluções criadas para apoiar nações que precisam: por exemplo, assim como a nossa que anda à flutuar a 40 anos!
Não podemos penhorar e nem vender a Guiné-Bissau, mais sim, hipotecá-la a Nações Unidas durante 10 ou 15 anos no mínimo!
Até breve!

Um guineense nascido em Mansoa “Fidju di homi garandi”!

Matosinhos, 11 de Janeiro de 2014.


Pate Cabral Djob

1 comentário:

  1. Sem querer ser divisionista, (porque dizem que o sou, mas não o sou) estou inteiramente de acordo com o que está escrito e acabo de ler.
    Farei tudo (dentro dos meus limites físicos e intelectuais) para que o Mundo e principalmente as Nações Unidas, possam SOCORRER a Guiné Bissau, desta morte lente, agoniada...e anunciada.

    beiramar

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