JORNALISTA ANTÓNIO PACHECO MORRE VÍTIMA DE DOENÇA PROLONGADA




Faleceu esta sexta-feira, 05 de julho de 2024, em Lisboa (Portugal), António Pacheco, jornalista com profunda experiência em assuntos africanos, vítima de doença prolongada.

A morte do especialista em assuntos africanos foi avançada pela emissora católica portuguesa “Renascença” em Lisboa, onde vivia há muitos anos.

António Pacheco trabalhou durante vários anos nos quadros da Renascença, tendo mesmo feito parte da direção de informação da Emissora Católica em meados dos anos 90. Foi editor até ao fim da ‘Renascença em África’, que durante cinco anos emitiu para a Guiné-Bissau através da Rádio Sol Mansi, para Moçambique, através da rádio Pax, e rádio Nova em Cabo Verde.

Durante vários anos, disse a Renascença, António Pacheco fez sempre questão de fazer temporadas fora de Lisboa e da sua casa, para viajar aos países africanos de expressão portuguesa e dar cursos de formação a jovens jornalistas da lusofonia.

António Pacheco tinha dupla nacionalidade, portuguesa e moçambicana. Tendo nascido em Moçambique, em 1946, na então Lourenço Marques, atual Maputo, manteve forte relação com os protagonistas dos dois principais partidos, nomeadamente a Frelimo e a Renamo.

De acordo com a publicação da Renascença consultada pela Rádio Sol Mansi, nos anos 70, António Pacheco terminou a licenciatura em Direito, na Universidade Clássica de Lisboa, mas nunca exerceu na área, preferindo sempre o jornalismo.

Em 1976 foi nomeado, pelas autoridades moçambicanas, diretor-adjunto do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane e já nos anos 80 foi convidado a trabalhar na Renascença como especialista em assuntos africanos. Em plena guerra civil em Moçambique, fez uma pausa na rádio em 1989 e partiu como voluntário para a região de Ressano Garcia, onde trabalhou com refugiados.

Ao longo dos anos, para além de ter sido jornalista da Renascença, colaborou com diversas publicações. Foi correspondente da rádio francesa RFI e, mais recentemente, colaborou com a rádio Observador, sempre como especialista de assuntos africanos.

‘Renascença em África’, o sinónimo de António Pacheco

António Pacheco era um profundo conhecedor da realidade dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), para onde viajou diversas vezes, muitas delas em contexto de guerra civil. Mas não só, manteve sempre fortes relações com a África do Sul.

Na Renascença, fez parte da direção de informação e impulsionou, editou e produziu a partir de 1997 e até 2003, o programa ‘Renascença em África’, emitido a partir de Lisboa e com transmissão em direto em diversas rádios da lusofonia.

Uma dessas rádios foi a rádio Ecclesia, emissora católica de Angola, que em 1999 foi obrigada a suspender durante algumas semanas o ‘Renascença em África’, por pressão do governo angolano de então.

O programa foi um marco na história da Emissora Católica portuguesa, onde durante uma hora de todos os dias úteis se debatia a atualidade política, social e económica sem quaisquer reservas, gerando por vezes desconforto entre os protagonistas políticos de países recentemente independentes ou saidos de guerras civis.

O programa acompanhou de perto a guerra civil da Guiné-Bissau, conhecida como a guerra de 7 de junho, que estalou em 1998, desencadeada por um golpe de Estado contra o então Presidente João Bernardo “Nino” Vieira, liderado pelo General Ansumane Mané. Nesse período, Pacheco viajou em reportagem a Bissau por diversas vezes.

Em reação à morte de Pacheco, o fundador da Rádio Sol Mansi, Padre Davide Sciocco, destacou que o jornalista foi um impulsionador da Rádio e de seus jornalistas.

“António Pacheco foi uma das figuras chaves do crescimento da Rádio Sol Mansi. Chegou em 2002 para dar-nos formação quando a Rádio era uma pequena realidade em Mansoa. No primeiro contato disse-me que a rádio não era uma rádio, mas sim uma confusão”, recordou, realçando que mesmo assim ele dedicou-se com grande amor na sua estruturação e ficou mais de um mês a formar os primeiros voluntários, incluindo ele, o Padre Davide Sciocco.

In Rádio Sol MansiConosaba/odemocratagb

Sociedade civil guineense debate participação no desenvolvimento do país

https://www.facebook.com/radiobantaba/videos/1465590687660413

As organizações da sociedade civil guineenses realizaram hoje um fórum da primeira convenção cidadã em que debateram vários pontos de agenda nacional, entre os quais a reforma do Estado que o primeiro-ministro disse ser "fundamental" para o país.

Rui Duarte de Barros presidiu à abertura do fórum, que juntou no Centro Cultural Francês de Bissau mais de duas centenas de representantes das organizações da sociedade civil e comunitárias, no culminar de três 'djumbais' (tertúlias) regionais organizadas nos últimos dias.

Estes encontros serviram para debates à volta de questões de interesse da população na perspetiva da participação das organizações da sociedade civil, nomeadamente a problemática do género e mulher, inclusão, direitos humanos, saúde, educação, alterações climáticas, segurança alimentar, juventude, emprego, poder local e descentralização, média e monitorização cívica, e reformas do Estado.

O primeiro-ministro destacou a pertinência do fórum, "dado o papel relevante das organizações da sociedade civil" no país e ainda enalteceu a visão destas organizações à volta de temas como a reforma do estado, o emprego, os recursos naturais, as alterações climáticas e a segurança alimentar.

Rui de Barros frisou que a reforma do Estado "é um assunto fundamental" para todos os governos da Guiné-Bissau e espera receber a visão das organizações da sociedade civil sobre a matéria.

"A sociedade civil desempenha um papel vital na construção de uma sociedade pacífica e na consolidação da democracia", disse Rui de Barros, salientando ainda o seu papel de fiscalizadora da ação do governo "enquanto contraponto do poder estatal".

O primeiro-ministro guineense prometeu não só a participação do Governo na monitorização das recomendações a sair da primeira convenção cidadã, como também a abertura para, em setembro, participar no primeiro fórum de diálogo entre as organizações da sociedade civil e o poder público.

O sociólogo Miguel de Barros, membro da coordenação da primeira convenção cidadã, espera que as organizações da sociedade civil intensifiquem a sua ação junto das populações, que melhorem a coordenação das suas intervenções e reforcem a prestação de contas.

Em relação ao diálogo com o poder político, em setembro próximo, Miguel de Barros adiantou que o encontro servirá para impulsionar a participação das organizações da sociedade civil guineense na governança do país.

A primeira convenção cidadã contou com os apoios financeiros da União Europeia e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no âmbito do Projeto de Estabilização Política e Reforma, através da Construção de Confiança e Diálogo Inclusivo na Guiné-Bissau.

Conosaba/Lusa

Cimeira da Aliança dos Estados do Sahel esboça "nova ordem regional"

Ibrahim Traoré, chefe da junta militar do Burkina Faso, e Abdourahamane Tiani, chefe da junta militar do Níger. Niamey, 5 de Julho de 2024. AFP - -

Niamey acolhe, este sábado, a primeira cimeira da Aliança dos Estados do Sahel que reúne os líderes das juntas militares do Mali, do Burkina Faso e do Níger. O encontro simboliza a criação de uma "nova ordem regional", explica o professor de Relações Internacionais Osvaldo Mboco, lembrando que esta cimeira inédita acontece um dia antes da cimeira da CEDEAO, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, da qual os três países se retiraram.

É uma cimeira inédita, este sábado, que junta os três países em ruptura com a CEDEAO: o Mali, o Burkina Faso e o Níger. A Aliança dos Estados do Sahel (AES) foi criada no final de 2023 como uma organização regional concorrente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, da qual as juntas militares dos três países se retiraram em Janeiro de 2024.

É também a primeira vez que os três dirigentes que levaram a cabo golpes de Estado no Mali, no Burkina Faso e no Níger se encontram: o coronel Assimi Goïta, o capitão Ibrahim Traoré e o general Abdourahamane Tiani.

A AES quer implementar um novo quadro de cooperação militar e económica entre os seus estados-membros e, segundo a France Presse, estaria em debate um projecto de moeda comum e de confederação. Um projecto que tem como pano de fundo a ruptura com a CEDEAO, considerada demasiado próxima dos ocidentais, e uma aproximação com a Rússia.

A crise entre a CEDEAO e as juntas militares do Sahel começou, sobretudo, com o golpe de Estado que levou o general Tiani ao poder no Níger, em 26 de Julho de 2023. Confrontada com o novo golpe, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental ameaçou intervir militarmente, antes de renunciar e aplicar um conjunto de sanções económicas. Do outro lado, os militares no poder em Niamey contaram com o apoio imediato das juntas militares do Burkina Faso e do Mali. Para mostrar que são um bloco importante e que não estão isolados, as três criaram a Aliança dos Estados do Sahel e retiraram-se da CEDEAO.

Por isso, este primeiro encontro, na véspera da cimeira da CEDEAO, simboliza a criação de uma "nova ordem regional", explica o professor de Relações Internacionais Osvaldo Mboco.

“A simbologia deste encontro é necessariamente passar uma ideia que está a surgir uma nova ordem regional, tendo em linha de atenção o clima de tensão existente entre esses países - onde os governos chegaram ao poder pela via do golpe de Estado - e a sua relação com a CEDEAO”, afirma Osvaldo Mboco, lembrando justamente que inicialmente “esses países foram suspensos” da organização e depois acabaram por se retirarem de forma unilateral.

“Há também um outro simbolismo que é fazer pressão ou resistência colectiva contra as pressões que vêm da CEDEAO. E há um outro simbolismo que é a solidariedade entre os governos militares. Ou seja, há um certo alinhamento militar. Do ponto de vista estratégico, sempre que for necessário esses Estados entenderem concertar questões político-militares contra aquilo que eles dizem que é o combate ao terrorismo que grassa a região da CEDEAO, mas também num eventual - como já houve no passado - pronunciamento da CEDEAO em fazer uma intervenção militar para repor a ordem constitucional que foi alterada”, acrescenta.

O facto de acontecer na véspera da reunião dos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO é também altamente simbólico, sublinha Osvaldo Mboco: “Penso que a mensagem que a Aliança do Sahel pretende passar aos países da CEDEAO é que estão a reforçar os laços políticos e a mandar também uma mensagem de autossuficiência e independência face às críticas que vão existindo, quer a nível da CEDEAO e quer a nível da comunidade internacional.”

Terá a Aliança dos Estados do Sahel o poder para retirar outros estados-membros da CEDEAO? Osvaldo Mboco considera que esse cenário só seria plausível se a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental voltasse a ameaçar com intervenções militares em caso de novos golpes militares noutros países. Porém, acredita que a CEDEAO não voltará a fazer isso – como inicialmente ameaçou no Níger - e deverá “ter uma outra abordagem” que não passe pelas suspensões de países que vivam golpes porque o efeito gerado pode ser o contrário ao desejado.

Este domingo, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) escolhe o seu líder para o próximo ano, numa cimeira em que o Presidente nigeriano, Bola Tinubu, procura um segundo mandato e o Sahel dominará as discussões.

A presidência da organização sub-regional é normalmente rotativa, mas Bola Tinubu - que sucedeu ao Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, em Julho de 2023 - deverá procurar um segundo mandato, de acordo com a agência Lusa.

Duas semanas após o seu início do seu mandato, em 9 de Julho de 2023, Bola Tinubu enfrentou o primeiro teste quando os militares do Níger, liderados por Tiani, derrubaram o Presidente democraticamente eleito, Mohamed Bazoum. O Presidente nigeriano, que prometia estancar os golpes de Estado no seio da CEDEAO, impôs sanções, encerramento de fronteiras e restrições comerciais e foi ainda mais longe ao ameaçar invadir o Níger, caso a junta militar não libertasse o Presidente Bazoum. Isto levou a que o Mali, Burkina Faso e Níger anunciassem o abandono da organização e constituíssem a AES, ao mesmo tempo que expulsaram as forças francesas e americanas do Níger, como o que aconteceu no Mali e Burkina Faso. Por outro lado, aproximaram-se ao nível diplomático e da Defesa da Rússia, Irão, China ou Turquia.

Entretanto, a 26 de Junho, os ministros da Defesa da CEDEAO propuseram um plano para a constituição de uma "força de reserva" de 5.000 homens para combater o agravamento da crise de segurança na região. O plano deverá ser discutido este domingo pelos chefes de Estado.

Por: Carina Branco
Conosaba/rfi.fr/pt

sexta-feira, 5 de julho de 2024

Portugal despede-se do Euro 2024 ao cair nas grandes penalidades perante os franceses. João Félix falhou a grande penalidade. França e Espanha medem forças nas meias-finais.




Portugal e França terminaram os 120 minutos empatados (0-0) e na decisão por grandes penalidades os franceses foram mais eficazes ao marcar nas cinco oportunidades. João Félix falhou para Portugal, que diz adeus ao Euro 2024.

Portugal cai nas grandes penalidades.
121'
O jogo acabou depois do desempate por penáltis.
121'

G O O O O O L O - Theo Hernández converte o penalti com o pé esquerdo! Diogo Costa não conseguiu adivinhar o lado da bola!
121'

G O O O O O L O - Nuno Mendes converte o penalti com o pé esquerdo! Mike Maignan não conseguiu adivinhar o lado da bola!
121'

G O O O O O L O - Bradley Barcola converte o penalti com o pé direito! Diogo Costa não conseguiu adivinhar o lado da bola!
121'

ELE ACERTA NO POSTE! - João Félix do Portugal atira da marca de penalti, mas a bola acerta no poste
121'
G O O O O O L O - Jules Koundé converte o penalti com o pé direito! Diogo Costa esteve perto de defender!
121'

G O O O O O L O - Bernardo Silva converte o penalti com o pé esquerdo! Mike Maignan esteve perto de defender!
121'
G O O O O O L O - Youssouf Fofana converte o penalti com o pé direito para o meio! Diogo Costa saltou para a direita!
121'

G O O O O O L O - Cristiano Ronaldo converte o penalti com o pé direito! Mike Maignan esteve perto de defender!
121'

G O O O O O L O - Ousmane Dembélé converte o penalti com o pé direito! Diogo Costa não conseguiu adivinhar o lado da bola!
121'
Começa o desempate por pontapés da marca de grande penalidade.

Portugal foi feliz há uns dias contra a Eslovénia. Será que repete?

Vamos para as grandes penalidades, uma vez mais.
121'

Estamos à espera do desempate por pontapés da marca de penálti.
120+1'

Posse de bola: Portugal: 63%, França: 37%.
120'
O que falha Nuno Mendes, depois do passe de Bernardo Silva.
120'
Posse de bola: Portugal: 63%, França: 37%.
119'
Substituição
Vitinha sai do campo e é substituído por Matheus Nunes numa substituição tática.
118'
Agora é pontapé de canto para a França. Não dá em nada.
117'
Ronaldo faz falta sobre Upamecano.
116'
Francisco Conceição ganha um pontapé de canto.
115'

Barcola, muito bem a passar pela defesa lusa, e a rematar ao lado da baliza de Diogo Costa.

Conosaba/abola.pt/

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, a convite do Presidente da República do Congo, para participar na Primeira Conferência Internacional de Arborização e Reflorestamento. O evento, com duração de quatro dias, foi realizado em Brazzaville, com o objetivo de definir uma estratégia para aumentar a área florestal mundial.

 

A conferência visa estabelecer uma estratégia baseada na cooperação internacional, por meio da sistematização das atividades de florestação e reflorestamento. Essas ações têm como objetivo aumentar a capacidade de libertação de carbono atmosférico no contexto da luta contra as alterações climáticas, bem como preservar os habitats e a biodiversidade. Além disso, a conferência visa apoiar e maximizar a produção de bens e serviços fornecidos pelas florestas.



“ATO ADMINISTRATIVO PROFERIDO POR LIMA ANDRÉ NÃO TEM PERNAS PARA ANDAR”, diz Fernando Dias


O presidente do Partido da Renovação Social (PRS), Fernando Dias da Costa, cuja anotação do seu Congresso Extraordinário foi indeferida pelo Supremo Tribunal da Justiça, considera de nulo e sem efeito o ato administrativo do presidente em exercício da Corte Suprema, Lima André.

Em conferência de imprensa, realizada no princípio desta tarde na sua residência privada em Bissau, Fernando Dias pediu calma aos militantes e dirigentes do partido face à atual decisão do STJ, após a realização na semana passada de dois Congressos Extraordinários do PRS.

“Tenham muita calma, porque a anotação que saiu do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e proferido por Lima André nós não consideramo-lo baseado na decisão do tribunal regional que considerou a comissão Ad Hoc de ilegítimo e que não pode convocar nem um órgão do partido e muito menos o congresso.

(…) Perante este fato, o ato administrativo proferido por Lima André não tem pernas para andar e nós não vamos considerar nada”, sustenta.

Fernando Dias da Costa que liderava a título interino o PRS após a morte do presidente Alberto Nambeia, o presidente em Exercício do Supremo não está a aplicar o direito no SJT, mas sim, a vontade de alguém e deixou claro que a batalha jurídica vai continuar e “vamos continuar a demonstrar ao povo que somos legítimos titulares dos direitos de representação do PRS”.

“Se o Supremo Tribunal que é a nossa instância jurisdicional de reconhecido mérito transformado por algumas pessoas que neste momento estão a ocupá-lo, lamentamos, vamos continuar a acreditar no tribunal, mas desacreditamos na pessoa de Lima André que é um dos vices apenas que está a cometer atrocidades dentro do supremo”, acusa Dias sustentando que Lima está a aplicar a vontade de alguém.

O político aproveitou a ocasião para apelar a ala que o contesta na liderança do partido, a evitar procurar suporte no atual regime para liderar o PRS.

“ (…) O atual poder suportou Feliz Nandunguê para esmagar o partido e satisfazer o interesse de Umaro Sissoco Embaló. Este PRS não é do PRS e se ele quiser terá que ser militante do PRS, concorrer internamente e proteger os seus interesses dentro do partido, e não é nas escondidas”, disse Fernando Dias.

Ontem, o presidente em exercício do STJ, Lima André, indeferiu o pedido de anotação do Congresso que elegeu Fernando Dias como presidente do PRS. Reconheceu a direção dos Inconformados, contra a liderança do Fernando Dias, como legítimos para dirigir o partido até ao Congresso Ordinário.

Em reação a esta polémica vivida no Partido da Renovação Social, o politólogo e comentador dos assuntos políticos na RSM, Rui Jorge Semedo, alerta que a atual situação poderá abalar igualmente outras formações políticas.

Ele sustenta ainda que esta polémica que envolve o setor judicial poderá afetar negativamente o PRS no próximo embate eleitoral, e no seu olhar isso demonstra que o país ainda carece de uma justiça credível.

Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

Alemanha chumba na 'Olmogação' e Espanha chega às 'meias' no tempo extra


Médio do RB Leipzig marcou o primeiro golo do encontro e assistiu para o segundo da partida. Alemanha vai mais cedo para casa. Espanhóis vão agora esperar pelo desenrolar do encontro entre Portugal e França.

Aseleção de Espanha tornou-se, na tarde desta sexta-feira, na primeira equipa a garantir um lugar nas meias-finais do Euro'2024, ao bater a anfitriã Alemanha, por 2-1, com o golo da vitória a ser marcado apenas no tempo de prolongamento.

O início do encontro ficou marcado pela lesão de Pedri. O médio espanhol foi 'varrido' por Toni Kroos logo aos oito minutos. Anthony Taylor recusou-se a mostrar amarelo ao alemão e o jogador do Barcelona acabou mesmo por sair lesionado.

Tirando esta incidência, a primeira parte ficou marcada por um ligeiro ascendente da Espanha, com oito remates contra três da Alemanha. O resultado aceitava-se se dado que a etapa inicial foi muito faltosa e com poucas ocasiões de golo.

O mesmo não se pode dizer do segundo tempo. A agressividade manteve-se, mas a magia que a seleção espanhola tem apresentado neste Euro'2024 apareceu e com ela o golo. Aos 52 minutos, e depois de um remate por cima de Morata, Lamine Yamal procurou espaço à entrada da área. O criativo espanhol encontro Olmo e este abriu o marcador em Estugarda.

Mas se se esperava um crescimento de Espanha sobre o adversário com este golo, isso não aconteceu. A Alemanha foi conquistando espaço à procura do empate e colocou em perigo a baliza de Unai Simón em diversas ocasiões. Aos 77 minutos, Füllkrug atirou ao poste, antes de Havertz atirar um chapéu por cima. Mas o golo acabaria mesmo por aparecer. Ao minuto 88, Wirtz marcou o golo dramático que atirou o encontro para prolongamento (89').

A pressão alta da Mannschaft manteve-se no tempo extra, com os germânicos a estarem mais vezes da remontada do que a Espanha do segundo. Wirtz tirou tinta ao poste com um remate cruzado nos descontos da primeira parte do prolongamento e Unai Simón voou para evitar um cabeceamento de Füllkrug que levava selo de golo.

Espanha esteve mais recolhida no prolongamento, mas a reação acabou por ser falta para a anfitriã deste Euro'2024. No último suspiro do encontro, Merino virou herói. Dani Olmo, que já tinha marcado o primeiro golo, tirou um cruzamento para o cabeceamento certeiro do médio da Real Sociedad. Estava feita a festa espanhola. O voo de Merino atirou Toni Kroos para a reforma, já que o médio alemão tinha anunciado que se ia despedir do futebol assim que a Alemanha fosse eliminada do Euro'2024.

A meia-final estava quase garantida, mas Dani Carvajal fez questão de tirar uma féria desse encontro. O defesa, que já estava amarelado, viu um cartão vermelho direto e ficará de fora da partida da próxima ronda. A ele juntam-se os também ausentes Morata e Le Normand.

A La Roja aguarda agora pela definição do vencedor do encontro entre Portugal e França, que se realiza a partir das 20h00 desta sexta-feira.

Conosaba/noticiasaominuto

Crise no PRS: FERNANDO DIAS CONSIDERA “NULA E SEM EFEITO” A ANOTAÇÃO DO STJ



A Direcção Superior de Partido da Renovação Social liderada por Fernando Dias da Costa considerou “nula e sem efeito” a anotação do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que legitima o primeiro Congresso Extraordinário do grupo de altos dirigentes inconformados com a postura de Fernando Dias.

Os dirigentes inconformados elegeram Félix Bulutna Nandungue, no primeiro Congresso Extraordinário realizado pela Comissão ad hoc para Gestão Transitória do PRS a 29 de junho, no ilhéu de Gardete, arredores de Bissau.

A reação, esta sexta-feira, 05 de julho de 2024, à decisão do STJ, a Direção Superior dos Renovadores considerou a anotação “nula” e “sem efeito”, porque o ato administrativo proferido por Lima André não põe em causa uma decisão judicial do Tribunal Regional de Bissau.

A reação de Fernando foi tornada pública horas depois de o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) ter autorizado a legitimidade do primeiro congresso extraordinário dos inconformados que deu vitória ao Félix Nandungue para dirigir o partido de Milho e Arroz até à realização do Congresso Ordinário do partido em 2026.

“Não vamos respeitar nenhuma decisão nem anotação do Supremo Tribunal de Justiça e continuamos a basear a nossa posição na decisão do Tribunal Regional de Bissau, que considerou que a Comissão ad hoc é ilegítima, porque não podia convocar nenhum órgão do partido, muito menos convocar o congresso”, insistiu.

O político assegurou que o congresso convocado pela Direção Superior foi na base de uma subscrição de membros do Conselho Nacional, um total de 450 delegados, afastando todas as possibilidades de o STJ impedir que o presidente interino não convocasse o congresso.

Dias disse que vão continuar a acreditar no órgão, mas não na pessoa de Lima André, vice-presidente daquela instância suprema, por este estar a criar atrocidades dentro do Supremo Tribunal de Justiça.

Perante esta situação, Fernando Dias da Costa pediu muita calma a todos os militantes e simpatizantes do partido e que continuem a mostrar ao povo guineense que são os únicos legítimos e titulares do direito de representação dos renovadores e a direção liderada por Fernando Dias da Costa.

Para Dias, a decisão do STJ foi tomada a mando de alguém, porque” se não fosse, não haveria duas anotações” e disse que não vão acatar nenhuma decisão que não tenha base legal, apenas a decisão do Tribunal proveniente das leis da República da Guiné-Bissau.

Por: Carolina Djemé
Conosaba/odemocratagb

Cabo Verde assinala 49 anos de independência na ilhas e diáspora


Cabo Verde vai assinalar, na sexta-feira, 49 anos de independência com atividades no país, onde estará o Presidente da República, e junto da diáspora, com o primeiro-ministro nos EUA.

O chefe de Estado, José Maria Neves, abre o dia a depositar uma coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral, no largo da Biblioteca Nacional, na capital, Praia, discursando depois na tradicional sessão solene da Assembleia Nacional, em que também vão usar da palavra o presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia, e os representantes dos três partidos políticos com assento parlamentar.

À tarde, José Maria Neves vai condecorar figuras e instituições "que contribuíram para a afirmação de Cabo Verde como Nação".

As câmaras municipais e a sociedade civil anunciaram também atividades para celebrar o dia, que é feriado nacional.

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, vai assinalar a data com a comunidade cabo-verdiana nos Estados Unidos, um dos principais países de destino do total de 1,5 milhões de cabo-verdianos que vive no exterior, o triplo da população residente nas ilhas.

O líder do Governo está de visita aos EUA desde terça-feira.

Cabo Verde tornou-se oficialmente independente de Portugal a 05 de julho de 1975.

Conosaba/Lusa

Portugal-França: Repetir a receita de Éder e continuar a sonhar


A seleção nacional vai defrontar, esta sexta-feira, a seleção de França nos quartos de final do Euro'2024. A equipa das quinas parte com menos favoritismo para este duelo em Hamburgo, por conta do historial de confrontos amplamente negativo, mas já sabe que vencer os gauleses não é tarefa impossível.

Portugal apenas por uma vez derrotou os franceses em jogo oficiais, mas tal aconteceu em pleno prolongamento da final do Europeu de 2016, por conta do famoso golo de Éder, e que valeu o título. 

Quer isto dizer, que a seleção agora comandada por Roberto Martínez terá apenas de aplicar a receita de há oito anos para bater França e continuar a sonhar com a conquista deste Euro'2024, depois de uma já 'sofrida' passagem aos 'quartos' depois de vencer a Eslovénia nas grandes penalidades, com Diogo Costa em grande destaque ao defender três tentativas dos eslovenos. 

O selecionador nacional mostrou-se confiante para o duelo desta noite, pese embora alerte que do outro lado está uma "grande equipa". 

Por seu turno, Didier Deschamps admitiu que ainda sente mágoa pela tal final de 2016, mas também referiu que já lá vão oito anos e que o jogo será muito equilibrado. 

O inglês Michael Oliver é o responsável por arbitrar a partida entre Portugal e França no Volksparkstadion, cujo pontapé de saída está agendado para as 20h00. Como habitualmente, poderá acompanhar todas as incidências deste jogo, em direto e ao pormenor, no Desporto ao Minuto

Selecionadores em discurso direto 

Roberto Martínez

Resposta às críticas: ""Acho que críticas fazem parte do meu trabalho. Tenho informação, critério, o que preparámos. Há muitos dados que precisamos para tomar decisões. Mas faz parte. Agora um ano e meio as críticas mostram uma paixão que há pela seleção. E aceito isso. Acredito que temos jogadores muito importantes, mas a competitividade no balneário, eu vejo-a. As críticas fazem parte. Tivemos um apuramento com 10 vitórias e tive críticas. O foco para mim não é ouvir os comentários, mas é fazer com que o desempenho amanhã seja o melhor possível. É isso que posso prometer aos adeptos."

Cristiano Ronaldo: "Para mim todos os dias são um novo dia. O Cristiano é um jogador que tem um currículo incrível, que vai batendo todos os recordes. A frescura que traz para dentro do jogo é surpreendente. É um exemplo para a seleção. Alguém que quer vencer e competir todos os dias. Quando tens um jogador tão comprometido assim, acabas por sentir-te privilegiado por isso."

Mensagem para os adeptos: "Sofrer faz parte da vida, do futebol... O importante é o fim feliz. Se podemos prometer o mesmo, podemos prometer que vamos dar tudo, jogadores estão focados em jogar este grande momento do futebol português. Mas o futebol é um desporto de equipa. Amanhã não é um jogo entre dois jogadores. São dois jogadores incríveis. Têm uma influência no desporto mundial que vai continuar. O Cristiano tem no Mbappé, o Mbappé teve noutros e assim será no futuro. Amanhã é um jogo que a equipa precisa de ter um bom nível para ganhar". 

Didier Deschamps

Importância de defender bem: "A solidez defensiva é essencial em competições destas. Também temos criado muitas oportunidades, mas, por vezes, é difícil ser eficaz. Até agora tem chegado, mas o nível aumenta, e se formos mais eficazes, melhor". 

Elogios para Portugal: "Portugal pode jogar em vários sistemas, conheço Martínez e aprecio o seu trabalho. Pode jogar com três ou quatro defesas. Vamos tentar ter posse de bola a controlar o adversário. Portugal também tem capacidade para ter bola, prefere atacar a defender, e vai existir um combate de forças".

A final de 2016: "Portugal em 2016 era forte e fez o que era preciso, que foi vencer, o que para nós foi difícil e doloroso. Agora jogamos por um lugar nas meias-finais e é uma equipa igualmente forte. Portugal é um dos favoritos e tem legítimas aspirações em chegar ao título. Estamos nos 'quartos', só passa um e queremos ser nós". 

Últimos onzes

Portugal: Diogo Costa, João Cancelo, Pepe, Rúben Dias, Bernardo Silva, João Palhinha, Bruno Fernandes, Vitinha, Nuno Mendes, Cristiano Ronaldo, Rafael Leão

França: Mike Maignan, Jules Koundé, Dayot Upamecano, William Saliba, Theo Hernández, N’Golo Kanté, Aurélien Tchouaméni, Antoine Griezmann, Adrien Rabiot, Kylian Mbappé, Marcus Thuram

Polícia guineense proíbe condução de motos sem capacete, exige carta e limita passageiros

O comissário da Polícia de Ordem Pública (POP) guineense emitiu esta quinta-feira uma ordem de proibição de condução de motorizadas sem capacete e avisou que aqueles veículos só podem transportar até dois passageiros.

A ordem ainda indica que, doravante, os condutores de motorizadas têm de estar munidos da respetiva carta de condução.

A decisão do Governo, transmitida ao público pelo comissariado da POP, entra em vigor a partir desta quinta-feira e a partir da próxima semana serão desencadeadas operações de vigilância nas vias públicas.

Na Guiné-Bissau, devido à falta de uma rede de transporte público, os cidadãos recorrem às motorizadas, vulgarmente conhecidas por moto-taxis para as deslocações nas suas comunidades e em várias zonas de Bissau.

Tanto os condutores das motorizadas como os passageiros não costumam utilizar capacetes.

“É um hábito ver pessoas a circular nas motos sem capacete. Até se constata pessoas nas motos com o capacete pendurado no guiador. Isso não pode continuar, porque não há dia em que não temos registo de acidente mortal com as motos”, observou o comissário nacional da POP, general Salvador Soares.

O comissário da POP guineense esclareceu igualmente que “é inaceitável” que as motorizadas de transporte público carreguem “dois, três, até quatro passageiros”.

Conosaba/Lusa 

Bolsonaro indiciado por apropriação de jóias oferecidas à presidência

A Polícia Federal brasileira indiciou hoje o ex-presidente Jair Bolsonaro no processo em que é investigado por alegadamente ter tentado desviar jóias que lhe foram entregues por governos árabes quando ainda estava no poder.

A polícia, após concluir a investigação, apresentou acusações contra onze pessoas, incluindo Jair Bolsonaro, pelos crimes de apropriação de bens públicos, lavagem de dinheiro e associação para cometer um crime.

O inquérito foi aberto no ano passado e foi hoje comunicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que agora pedirá parecer à Procuradoria-Geral da República (PGR).

O caso tornou-se público depois dos `media` locais divulgarem informações sobre conjuntos de joias, relógios de luxo e armas de fogo que Bolsonaro recebeu quando era chefe de Estado e guardou para si como acervo privado ao deixar o Governo.

Segundo o relatório do Tribunal de Contas da União TCU obtido pelo jornal O Globo, "constatou-se que os itens apreendidos pela Receita Federal [um conjunto de joias dado a ex-primeira dama Michele Bolsonaro] são, na realidade, bens públicos da União, ainda que pendentes da devida incorporação pela Presidência da República".

"Verificou-se que os bens entregues pelo ex-Presidente da República à Caixa Económica Federal, por força de medida cautelar adotada por esse tribunal, revestem-se de características que os tornam bens públicos (...) razão pela qual sua destinação ao acervo documental privado do ex-presidente da República, sr. Jair Messias Bolsonaro, deve ser revista", acrescentou o órgão de controlo.

O TCU pediu que Bolsonaro entregue os presentes guardados no banco Caixa Económica Federal em 15 dias.

Sobre um fuzil e uma pistola que o ex-presidente recebeu de membros do Governo dos Emirados Árabes, o relatório do TCU propõe que as armas sejam entregues pela Polícia Federal à Presidência.

Os auditores do TCU contrariaram a versão apresentada pela defesa de Bolsonaro que alegou que as joias, armas e itens de luxo seriam itens personalíssimos e aponta que "a irregularidade, na verdade, consubstancia-se no desvio de bens que deveriam ingressar no património da União".

Esta é a segunda das três investigações com Bolsonaro como um dos alvos centrais, e que deve terminar até julho, segundo a autoridade policial brasileira.

O ex-Presidente também é investigado por uma alegada participação numa tentativa de golpe de Estado e em março foi constituído arguido pela Polícia Federal numa investigação sobre fraude no certificado de vacinação durante a pandemia de covid-19.

Conosaba/Lusa

"Vamos reconstruir o Reino Unido. Tijolo a tijolo"

O novo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, apelou hoje à unidade para que possa cumprir a missão de renovação nacional, naquelas que foram as primeiras declarações desde a vitória esmagadora dos trabalhistas nas legislativas de quinta-feira.

Falando à porta do número 10 de Downing Street, sede do Governo em Londres, Starmer garantiu que tudo fará para que os britânicos acreditem no futuro.

"O meu governo vai fazer-vos acreditar de novo. O trabalho para a mudança começa imediatamente. Vamos reconstruir o Reino Unido. Tijolo a tijolo, vamos reconstruir a infraestrutura de oportunidades", disse Starmer enquando os seus apoiantes o aplaudiam.

Starmer falou depois de ele e a mulher, Victoria, terem entrado na residência de 10 Downing Street sob aplausos e apertado a mão aos apoiantes.

O novo primeiro-ministro discursou no mesmo local, no exterior da casa, onde o primeiro-ministro cessante, Rishi Sunak, tinha proferido o seu discurso de despedida cerca de duas horas antes.

O discurso foi proferido pouco depois de o Rei Carlos III lhe ter pedido para formar governo durante uma cerimónia privada no Palácio de Buckingham, conhecida como o "beija mão", na qual Starmer se tornou oficialmente primeiro-ministro.

Quando faltava atribuir quatro dos 650 lugares, os trabalhistas tinham conseguido 411 deputados, uma margem significativa em relação aos 326 necessários para ter uma maioria no parlamento, segundo resultados provisórios divulgados pela televisão britânica BBC.

Os conservadores seguiam com 120 deputados e os liberais democratas com 71.

Relativamente às eleições anteriores, os trabalhistas elegeram até agora mais 210 deputados, os conservadores perderam 249 e os liberais democratas ganharam 63, de acordo com a BBC.

Conosaba/noticiasaominuto.

Keir Starmer já foi indigitado primeiro-ministro do Reino Unido

Rei Carlos III e o novo primeiro-ministro estiveram reunidos no Palácio de Buckingham, em Londres.

O vencedor das eleições no Reino Unido, Keir Starmer, foi esta sexta-feira indigitado pelo rei Carlos III como primeiro-ministro, após um encontro no Palácio de Buckingham, em Londres.

Segundo a Sky News, o novo primeiro-ministro foi apresentado ao monarca pelo assessor real Clive Alderton, conforme dita a tradição.

"Esta é uma oportunidade para Keir expor ao rei o que ele quer fazer primeiro nesta primeira sessão de mudança legislativa", afirmou Bruce. O assessor referiu ainda que este "é um momento muito interessante para o rei, como chefe de Estado, representando todos nós".

No primeiro discurso como primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer começou por referir que aceitou o convite do rei Carlos para formar governo “desta grande nação”.

Starmer prestou depois homenagem ao antecessor Rishi Sunak, a quem agradeceu o “esforço extra” que enfrentou ao tornar-se “o primeiro primeiro-ministro britânico asiático”. "Nós também reconhecemos a dedicação e o trabalho duro que ele trouxe para sua liderança”, referiu.

O primeiro-ministro garantiu que o seu governo vai servir todos os britânicos, mesmo aqueles que não votaram no Partido Trabalhista. "A política pode ser uma força para o bem. Nós mostraremos isso. Primeiro o país, depois o partido", defendeu.

Starmer concluiu o discurso ao afirmar que o trabalho "é urgente" e que será iniciado "hoje".

Keir Starmer assume funções como primeiro-ministro depois de o Partido Trabalhista, de centro-esquerda, ter conquistado maioria absoluta, com 410 deputados de um total de 650, ao passo que o Partido Conservador, anteriormente no Governo, apenas elegeu 131 deputados.

De salientar que o antigo primeiro-ministro Rishi Sunak já pediu desculpa pelo mau resultado anunciou que vai abandonar a liderança do Partido Conservador. "Dei tudo por tudo neste trabalho, mas vocês deram-me um sinal claro de que o governo do Reino Unido tem de mudar e a vossa opinião é a única que importa. Ouvi a vossa raiva, a vossa desilusão. E assumo a responsabilidade por esta perda", disse Rishi Sunak.

Conosaba/noticiasaominuto

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Crise política: PAI TERRA – RANKA E FÓRUM DE SALVAÇÃO DEMOCRÁTICA PEDEM ACOMPANHAMENTO “MAIS CERRADO” DA CEDEAO A SITUAÇÃO POLÍTICA DA GUINÉ-BISSAU


A Plataforma da Aliança Inclusiva- Terra Ranka e o Fórum Para a Salvação da Democracia- MADEM-G15 e Aliança Koumba Lanta pedem um acompanhamento “mais cerrado” da situação política e da assistência da CEDEAO para a reposição da normalidade constitucional na Guiné-Bissau.

Numa missiva enviada ao Presidente da Comissão da CEDEAO, Omar Alieu Touray, as duas maiores plataformas políticas, com representação de 94% dos Deputados no Parlamento, solicitaram que a Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da organização a realizar-se este mês do julho tenha em atenção e se pronuncie sobre a imperiosa e urgente necessidade do restabelecimento da Assembleia Nacional Popular, enquanto órgão de soberania nacional e a criação de condições de segurança e outras para que a Comissão Permanente possa livremente deliberar sobre a interpretação e aplicação dos dispositivos legais, nomeadamente a Constituição e o seu Regimento Interno.

“O respeito do calendário eleitoral conforme disposição da Constituição, devendo fixar-se com a devida antecedência a data da realização das eleições presidenciais, por forma a evitar o risco de vacatura do cargo a partir de 27 de fevereiro de 2025, com graves implicações para a estabilidade interna. De lembrar que em 2019, após as últimas eleições presidenciais, foi a CEDEAO, através de um comunicado, a decidir o contencioso eleitoral que ainda seguia os seus trâmites no Supremo Tribubal de Justiça (STJ)” lê-se no documento consultado pelo O Democrata, defendendo a urgente realização de eleições no STJ, em devido respeito pela independência e a livre expressão das estruturas constituintes, nomeadamente o Conselho Superior da Magistratura Judicial, por forma a restabelecer a legitimidade e plenas competências daquele importante órgão da soberania nacional.

A Plataforma da Aliança Inclusiva- Terra Ranka e o Fórum Para a Salvação da Democracia- MADEM-G15 e Aliança Koumba Lanta querem ainda a fixação de um prazo para a eleição e o empossamento de uma nova Comissão Nacional das Eleições (CNE), de acordo com as leis aplicáveis e por forma a restabelecer aquela importante Instituição para a boa condução e credibilidade do processo eleitoral, e que “está caduca, e, portanto, a funcionar na ilegalidade desde maio de 2022”.

“De notar que os pontos 3 e 4 em grande medida reforçam a necessidade da observância do ponto 1, porquanto a normalização e o funcionamento do STJ e da CNE dependem do diálogo aberto e inclusivo dos partidos políticos, validado na casa da democracia que é a Assembleia Nacional Popular” insistiram, afirmando que um posicionamento “claro e firme” da CEDEAO seria um forte contributo para a paz, estabeleceria o mote não só para os esforços que as organizações políticas e da sociedade civil vêm desenvolvendo, mas para a participação da restante comunidade internacional parceira e enviaria um sinal forte de determinação da organização em acompanhar e apoiar os seus Estudos membros.

No documento, as duas maiores plataformas políticas fizeram referência às recentes declarações do Presidente Interino da CNE, N’pabi Cabi, segundo as quais os resultados anunciados a 1 de janeiro de 2020 só produziram efeitos a partir de 4 de setembro, altura em que o STJ, através de um acórdão, deliberou sobre o contencioso eleitoral, acusando-o de estar a insinuar de que só a 4 de setembro de 2025 o mandato do Presidente da República chegará ao fim, tendo questionado a eficácia do decreto que demitiu o governo saído das eleições legislativas de 2019 no dia 28 de fevereiro de 2020, a invasão das instituições do Estado, incluindo o próprio STJ, por militares e forças de Ordem, assim como as visitas efetuadas pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, aos países da sub-região, nomeadamente Senegal, Nigéria, Niger, e a sua participação na cimeira de Chefes de Estado e do governo da CEDEAO.

Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb