Não há dois Presidentes na Guiné-Bissau, nem dois coordenadores do Madem – Braima Camará




Bissau, 31 jul 2021 (Lusa) - O coordenador nacional do Movimento para a Alternância Democrática da Guiné-Bissau (Madem-G15), Braima Camará, afirmou hoje que não existem dois presidentes no país, nem dois coordenadores nacionais do Madem-G15.

“Não há dois Presidentes da República na Guiné-Bissau e nem co-Presidente da República, mas sim um Presidente da República eleito democraticamente, graças aos esforços de todos vocês aqui. Quero dizer-vos também que não há dois coordenadores nacionais do Madem e nem dois presidentes do Madem, mas apenas um coordenador e mais ninguém", afirmou o líder do Madem.

Braima Camará discursava na sessão de abertura do Conselho Nacional do partido, que vai decorrer até domingo numa unidade hoteleira, em Bissau.

Antes, Braima Camará advertiu que o partido está de “olhos abertos” e recordou que os secretários regionais estão sob dependência direta do coordenador nacional do partido.

“Se houver qualquer movimentação estranha serão substituídos”, disse, salientando que quem quiser pode candidatar-se no próximo congresso, em setembro de 2022, à liderança do Madem-G15.

Braima Camará explicou também que tem estado em silêncio nos últimos tempos, mas ouviu muitas coisas, sobretudo, daqueles que diziam que não tinha condições para defender o partido, alegando que é o único líder partidário que vê os “seus indicados no Governo exonerados e não consegue fazer nada”.

O coordenador nacional do Madem-G15 recusou acusações de que foi comprado, afirmando que "nem Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos, tem dinheiro” para o comprar.

Braima Camará disse também que “acabou a brincadeira no Madem” e que a partir de agora só vai contar “quem está presente”.

"Ninguém é insubstituível no Madem. Se Braima Camará decidir sentar-se na sua casa, aparecerão melhores do que Braima Camará", avisou.

Em relação à distribuição de pastas ministeriais na coligação no Governo, Braima Camará disse que a política é “feita de acordos e de compromissos”.

O coordenador nacional do Madem-G15 afirmou também que o partido deve respeitar a Constituição e o Estado de Direito democrático e que os militantes devem cumprir com os estatutos do partido.

O Madem-G15, segundo partido mais votado nas eleições legislativas de 2019 e que integra a coligação no Governo, manifestou indignação em abril na sequência de uma remodelação governamental na qual perdeu várias pastas governamentais.

Os quadros técnicos e a juventude do partido chegaram mesmo a exigir a sua saída da coligação.

O Madem-G15, juntamente com o Partido de Renovação Social (PRS) e a Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) fazem parte da coligação no Governo no país.

O PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) venceu as eleições legislativas de 2019, mas o seu Governo foi deposto em 2020 pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

A semana passada, Braima Camará apelou à unidade dos guineenses e afirmou que não pode pertencer a regimes que não respeitam as regras do Estado de Direito.

“Não vamos promover a ditadura neste país. Eu tenho princípios, e os que me conhecem sabem que tenho convicção, que definitivamente os guineenses têm de entender-se, respeitar o Estado de Direito democrático”, disse, apelando ao diálogo, à tolerância e ao fim da violência.

Braima Camará fez as declarações no âmbito de mais um desentendimento entre a comunidade muçulmana relativo ao dia da festa do sacrifício e depois de o Governo, através do Ministério da Função Pública, ter anunciado o dia 21 de julho como feriado no âmbito daquelas festividades.

Em resposta, o Presidente guineense afirmou que não é um ditador e que o país é um Estado de Direito, mas que não vai permitir desordem nos partidos que fazem parte da coligação no Governo.

“Todas as instituições estão a funcionar. O Presidente é moderador. Desordem na Guiné-Bissau acabou e nem eu tenho o direito de fazer desordem. Agora, no exercício de funções as pessoas podem ter opinião desde que não ofendam ninguém”, afirmou Umaro Sissoco Embaló, em declarações aos jornalistas, após a tomada de posse do novo presidente do Tribunal de Contas.

“Se há um regime ditatorial? Eu não sou um ditador. Isto é um Estado de Direito”, disse o Presidente guineense, quando questionado pelos jornalistas sobre relações feitas recentemente pelo coordenador nacional do Madem-G15.

O Presidente guineense disse também que é preciso dialogar e que só há uma coisa que não permite, nomeadamente, “desordem no Madem-G15”, partido do qual era dirigente e que apoiou a sua candidatura às presidenciais.

No início deste mês, o Madem-G15 apresentou ao chefe de Estado um relatório com um conjunto de recomendações para consolidar a coligação no Governo.

Conosaba/Lusa

Campanha de caju deste ano é das piores que ocorreram na Guiné-Bissau – agricultores



O presidente da Associação Nacional de Agricultores (ANAG), Jaime Boles Gomes, afirmou hoje que a campanha de comercialização da castanha de caju deste ano é “a pior” que ocorreu na Guiné-Bissau.

“Afirmamos que a campanha de caju deste ano é a pior que aconteceu nesta terra, porque não trouxe ganhos ou rendimentos que os produtores aguardavam com toda a expectativa”, disse Jaime Boles Gomes.

Outra razão para a má campanha, apontada por Jaime Boles Gomes, é a pandemia de coronavírus.

“Mas é bom lembrar também que a campanha do ano passado correu em plena pandemia, por isso correu mal”, disse hoje à Lusa, o presidente da associação de agricultores guineenses.

Jaime Boles Gomes explicou que a campanha da castanha de caju está dividida em três fases.

A primeira tem início com a limpeza dos pomares e é realizada entre os meses de novembro, dezembro por grupos de jovens recrutados pelos proprietários nas tabancas e que são pagos apenas no período da colheita da castanha.

“Por causa da restrição, que impediu a aglomeração das pessoas, isso acabou por influenciar negativamente uma boa prestação do serviço em termos de limpeza”, disse.

A segunda fase é a fase da colheita que é conhecida como a campanha de caju (colheita da castanha), onde se regista a deslocação das populações, em particular das mulheres, de uma região para a outra e se realizam contratos de prestação de serviços da colheita de castanha com os donos dos pomares.

“Infelizmente, a pandemia de coronavírus não permitiu igualmente a deslocação das pessoas por causa das medidas de restrição impostas pelas autoridades sanitárias”, referiu.

A terceira e a última fase é a fixação do preço de referência pelo Governo, o anúncio de abertura da campanha e o controlo da operação da própria campanha de cajú.

Jaime Boles Gomes afirmou que o governo anunciou este ano o preço de base da castanha quase no fim da colheita da castanha e que aquele preço “não foi implementado na prática”.

O representante dos agricultores guineenses criticou o Governo por pouco ou nada ter feito para controlar ou fiscalizar a comercialização da castanha de caju, sobretudo a implementação do preço base de 360 francos CFA por quilograma (cerca de 0,54 euros).

Jaime Boles Gomes afirmou que os preços praticados rondaram os 250 (cerca de 0,38 euros) e os 300 francos cfa (0,45 euros).

“Nenhum produtor conseguiu vender a sua castanha por mais de 360 francos CFA por quilograma. A gestão da campanha não nos favoreceu como produtores, porque as medidas que permitiriam que os agricultores beneficiassem de alguma coisa não foram cumpridas, sobretudo no que tem a ver com a compra da castanha pelo preço base anunciado”, contou.

Questionado se ainda existe castanha nas matas, respondeu que neste momento não há castanha nas mãos dos produtores, acrescentando que apenas os intermediários é que têm castanha nos armazéns.

A Guiné-Bissau exportou em 2020 um total de 156 mil toneladas de castanha de caju. Este ano prevê-se a exportação de 175 mil toneladas, mas de acordo com informações do Ministério do Comércio já se conseguiu exportar até quinta-feira 76 mil toneladas.

Conosaba/Lusa

Dia Mulher Africana: PRESIDENTE DO IMC DEFENDE APLICABILIDADE DA LEI DE PARIDADE PELO PODER JUDICIAL GUINEENSE



A Presidente do Instituto da Mulher e Criança, Khady Florence Dabo Correia, defendeu a “urgente mudança de mentalidade” da elite política guineense e a aplicabilidade da lei de paridade pelo poder judicial na Guiné-Bissau.

Na mensagem, este sábado, 31 de julho de 2021, por ocasião do dia da Mulher Africana, Khady Florence Dabo Correia lembrou que, nas últimas eleições legislativas, 13 partidos políticos entre os quais os 4 mais votados não aplicaram a quota mínima estipulada pela lei de paridade aprovada na Assembleia Nacional Popular ( ANP) em 2018, que fixa uma quota para as mulheres na esfera de tomada de decisões com representação mínima de 36% na lista para os cargos eletivos.

“Apesar do progresso que se verifica”, Correia afirmou que as mulheres continuam a ser a camada mais desfavorecida, a desigualdade de gênero persiste em muitas sociedades e assiste-se ainda a atos de violência contra a mulher no lar, na sociedade em geral e a escassez de instrução. Denunciou por outro lado que a pandemia do novo coronavírus provocou um aumento de casos de violência contra as mulheres e meninas, casamentos forçados e mutilação genital feminina.

Para o desenvolvimento sócio- econômico dos Estados Africanos, Florence Dabo Correia defendeu a formulação de políticas públicas e sociais no domínio da educação, do ensino, da inovação e da alfabetização, na vertente da saúde, empreendedorismo e participação nos órgãos de tomada de decisões, afiançando que a consolidação das democracias, estabilidade política e económica do continente dependerá, em grande medida, da inclusão e plena participação das mulheres.

“No caso de países que se refazem das consequências de longas guerras como a Guiné-Bissau”, Florence Dabo Correia afirmou que o papel das mulheres no processo de reconciliação nacional é fundamental, porquanto “têm uma sensibilidade diferente da dos homens, pela sua natureza e condição de mães e guardiãs da célula de base da sociedade.

“A democracia será efetiva, quando todos, homens e mulheres, sem discriminação baseada na cor partidária, religião ou etnia, poderem trabalhar afincadamente para garantir o futuro do país. O Ministério da Mulher, Família e Solidariedade Social, através do Instituto da Mulher e Criança, incentiva as mulheres guineenses a renovarem o compromisso de tudo fazer para concretizar o sonho de um país pacífico, democrático, mais inclusivo, e desenvolvido”.

O dia da Mulher Africana foi instituído a 31 de julho de 1962 na conferência das Mulheres Africanas, em Dar–Es–Salaam (Tanzânia). Na mesma conferência foi criada também a organização Pan-africana das Mulheres, promotora de compartilhamento de experiências e congregação de esforços para emancipação feminina.

Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb

LGDH DENUNCIA TENTATIVA DE “ASSASSINATO” DO ADVOGADO LUÍS VAZ MARTINS



A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) denunciou uma “tentativa do assassinato” do advogado e antigo Presidente da organização, Luís Vaz Martins.
Em nota na sua página no Facebook, a organização defensora dos direitos humanos para além de condenar “veementemente a tentativa de assassinato” , explica que a mesma terá acontecido, minutos depois do Debate Nacional, da Rádio Capital FM.

De acordo com a vítima, lê-se na nota, um grupo de pessoas que lhe seguia em viatura de matrícula estrangeira bateu três vezes contra o seu automóvel na tentativa de lhe provocar um acidente fatal, na via que liga Bairro Militar a Antula, em Bissau.

Por isso, a LGDH qualifica como “cobarde e gratuita” essa tentativa de silenciar as “vozes dissonantes” com o propósito de instalar um regime totalitário na Guine-Bissau.

A organização exige a abertura de um “inquérito célere e transparente”, com vista à identificação e consequente punição exemplar dos autores deste ato criminoso.

Por fim, a LGDH expressa a sua total solidariedade para com o ativista Luís Vaz Martins e responsabiliza as autoridades nacionais pela sua vida e integridade física.

Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb

Infraestruturas rodoviárias/”Não podemos pensar no desenvolvimento sem estradas” diz primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam


Bissau, 30 Jul 21 (ANG) – O Primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam defendeu que não se pode pensar no desenvolvimento sem estradas, energia elétrica, educação e hospitais.

Nabiam falava esta sexta-feira à imprensa no âmbito de uma visita à Avenida Caetano Semedo até retunda de Quelelé, na companhia dos ministros das Obras Públicas Fidelis Forbs, do Interior Botche Cande e do Turismo e porta-voz do governo, Fernando Vaz e do Presidente da Câmara Municipal de Bissau Luís Enchama.

ʺNão podemos pensar no desenvolvimento da Guiné-Bissau se não temos estradas, energia electricidade, educação e hospitais, e só podemos resolver estes problemas se houver calma no país e os filhos da Guiné-Bissau apertaram as mãos e criticarem uns aos outros se as coisas não estão indo para o bom caminho”, referiu.

Disse que está de acordo, que as pessoas critiquem o governo para dizer que algo não está bem e para fazer a marcha mas na base de civismo, para permitir que haja o desenvolvimento, e não as marchas de queimar pneus nas ruas, porque estraga as estradas.

ʺEstou a falar aqui hoje como Primeiro-ministro, mas também estive na oposição quando o actual Presidente da República era o chefe do executivo. Criticamos e apontamos algo que não estava bem, como falta de escola e outras coisas para poder criar mais dinâmica para que o governo possa ganhar responsabilidade de trabalhar, no sentido de fazer o país marchar para a frente. Não fizemos a oposição de insultar as pessoas”, disse.

Nuno Nabiam disse que o seu Governo não é de palavras mas sim de resultados e garantiu que quando terminar a época chuvosa todas as vias da cidade Bissau vão estar alcatroadas e iluminadas, apesar da dificuldade do executivo por causa da pandemia da Covid-19. Disse que já tem financiamento garantido para isso.

Nabiam afirmou que já está pronto o dossiê para a construção da auto-estrada Aéroporto-Safim, e acrescenta que quando terminar vão continuar a construção da estrada Ingoré/São Domingos e de Safim até Pirada, na Região de gabu, Leste do país.

Conosaba/ANG/MI/ÂC//SG

JUÍZ CONFIRMA O ARQUIVAMENTO DO PROCESSO CONTRA SILVESTRE ALVES E SABINO SANTOS



O Juiz de Instrução Criminal (JIC) confirma o arquivamento do processo-crime aberto por cidadão Doménico Sanca contra o jurista Silvestre Alves e o jornalista Sabino Santos, por não existir matéria para fazê-lo avançar, confirmando a decisão anterior, de arquivamento do mesmo processo, que havia sido tomada pelo Ministério Público, com o mesmo argumento, anuncia Luís Vaz Martins, um dos advogados de defesa dos acusados.

Doménico Sanca, atual diretor-geral das Alfândegas da Guiné-Bissau, havia acusado Silvestre Alves e Sabino Santos de denúncia caluniosa e difamação. Em reação a esse argumento, Luís Vaz Martins esclarece que o fato de suspeitar que a voz de uma pessoa seja parecida com a de outra pessoa não significa imputar a alguém um fato, não.

“Não existe nem aqui, nem na China e nem em parte alguma. O Ministério Público já havia decidido o arquivamento do processo pelo mesmo motivo que agora foi confirmado pelo Juíz de Instrução Criminal”, frisou e disse que quem decide fazer a política, servindo o país, deve estar preparado que as suas ações e os seus atos serão escrutinados e censurados, mas “decidiu abrir um novo episódio”.

Luís Vaz Martins afirmou que, com a decisão do JIC, os seus constituintes estão em condições de intentar um processo-crime contra Doménico Sanca, por denúncia caluniosa.

“Se vier a ser a vontade dos meus dois clientes, nós enquanto mandatários judiciais, vamos apresentá-lo contra Doménico Sanca”, sublinhou.

Por: Carolina Djeme/ Filomeno Sambú
Foto: C.D
Conosaba/odemocratagb.

BACARI SANHÁ, NATURAL DE MANSOA, NOMEADO ASSESSOR DA SELEÇÃO NACIONAL EM PORTUGAL


O antigo treinador do CF os Balantas de Mansoa, Bacari Sanhá, foi hoje nomeado assessor da selecção de futebol da Guiné-Bissau para observar futebolistas guineenses em Portugal. A nomeação consta do despacho assinado pelo presidente da Federação de Futebol (FFGB), Carlos Alberto Mendes Teixeira “Caíto”.

“O trabalho de Bacari Sanhá estará estreitamente ligado ao do Selecionador Nacional, Baciro Candé, e os elementos da equipa técnica a quem apresentará relatórios regulares sobre cada jogador por si observado”.

No despacho a que o Jornal O Democrata teve acesso, Sanhá é nomeado ‘’olheiro’’ de talentos para os ‘’Djurtus’’, tendo em conta o “conhecimento intrínseco” como treinador.

“O reforço para o apoio ao Selecionador Nacional é um imperativo na perspetiva de disponibilizar ao técnico os melhores recursos técnicos e humanos para que desempenhe, da melhor forma possível, a sua atividade de preparar a seleção para todos os desafios que a Guiné-Bissau tem pela frente”, salientou o despacho.

Sanhá, que reside agora em Portugal, foi treinador nortenho durante vários anos, tendo conquistado três campeonatos nas épocas 2005/2006, 2008/2009 e 2012/2013 e participado duas vezes na Liga de Clubes Campeões Africanos.
Bacari também exerceu as funções do selecionador-adjunto sub-20 da Guiné-Bissau, tendo sido distinguido o melhor treinador nacional três vezes.

Além de Sanhá, o presidente da FFGB nomeou ainda Mamadu Turé, novo embaixador especial de futebol salão no país, por ter desempenhado um papel importante na promoção da modalidade em Portugal e no mundo.

De salientar que os “Djurtus” preparam a sua terceira participação na Taça das Nações Africanas em Futebol (CAN2021), a realizar-se nos Camarões, entre Janeiro e Fevereiro do próximo ano.

A seleção nacional vai ainda disputar a fase de apuramento para o Campeonato do Mundo de futebol de 2022 do Qatar, que se inicia em setembro próximo.


Por: Alison Cabral

Conosaba/odemocratagb

sexta-feira, 30 de julho de 2021

VISITA ÀS OBRAS DE CONSTRUÇÃO DE ESTRADAS EM BISSAU

 

Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau

A semelhança de uma outra visita de mesmo cariz, hoje Sua Excelência Senhor Primeiro-Ministro Eng°Nuno Gomes Nabiam percorreu em visita várias estradas em obras em diferentes artérias da Cidade de Bissau.

Constatou-se o bom ritmo de andamento das obras, a qualidade do asfalto e ainda deixou-se recomendações.
Acompanharam o Primeiro-Ministro nessas visitas, o Ministro de Estado e do Interior, das Obras Públicas e Turismo e Artesanato e Porta-Voz do Governo.
Juntos somos mais fortes
GOVERNAR PARA TODOS

Ensino/“Os guineenses devem priorizar a língua portuguesa em deterimento da inglesa ou francesa”, diz coordenador de AJALV


Bissau, 30 Jul 21 (ANG) - O Coordenador do Grupo de Professores da Língua Portuguesa (AJALV) defendeu esta sexta-feira a necessidade de os guineenses priorizarem a língua portuguesa em detrimento da inglesa ou francesa, por ser o idioma oficial da Guiné-Bissau.

Abubacar Mendes falava, em declarações exclusivas à Agência de Notícias da Guiné, no quadro da entrega de certificados ao VIIIº grupo de finalistas do Curso de Aperfeiçoamento da Língua Portuguesa, do Centro de Aperfeiçoamento dessa língua, que sita na rua Vitorino Costa,em Bissau.

“Na realidade, muitos guineenses têm ou sentem a vergonha de comunicar em português. os que comunicam no mesmo idioma as vezes são considerados de impostores e atervidos. Mas as pessoas que comunicam em Francês ou Inglês são tomadas como espertas mas isso não deve ser o procedimento normal, uma vez que estamos num país de língua oficial portuguesa”, lamentou aquele responsável.

Mendes acrescentou que não é mau apreender outras línguas devido o processo de globalização mas que é sempre fundamental não ignorar o que nos pertence.

Lançou um apelo aos jovens que não têm condições para frequentar a universidade no sentido de não exitarem em dirigir-se para o referido Centro com a finalidade de aprofundarem os seus conhecimentos sobre a língua portuguesa .

“Muitas pessoas que formaram neste centro já estão a dar resultados nos diferentes locais e outros já são professores aqui. Estamos satisfeito com esse resultado, mas, no futuro, pretendemos ter uma escola com nível de Bacherel ou licenciatura em Lingua Portuguesa, de modo a fornecer mais conhecimento para o povo guineense”, desejou o coordenador de AJALV.

Questionado se alguma vez já receberem o apoio do governo, Mendes respondeu que não, e disse que, na verdade, estão a precisar de ajuda para dar mais qualidade ao centro e para fornecer mais bagagens aos estudantes.

O grupo AJALV foi criado com o objectivo de ajudar as pessoas a diminuirem as suas dificuldades concernentes a língua portuguesa. Começou a funcionar em Bissau desde 2011 e já formou muitas pessoas.

Esta sexta-feira os VIIIº grupo de finalistas do Centro de Aperfeiçoamento da Língua Portuguesa vão receber os seus certificados numa cerimónia a decorrer sob o tema: “Ensino- aprendizagem de Português na Guiné-Bissau numa abordagem comunicativa” e que contará com a presença do ministro da Educação Nacional e da Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau CONAEGUIB).

Conosaba/ANG/AALS/ÂC//SG

Comércio/ Inspeção Geral apreende contentor de sumos fora de prazo importado de Portugal



Bissau, 30 Jul 21(ANG) – A Inspecção Geral do Ministério do Comércio e Indústria aprendeu na passada semana um contentor de sumos fora de prazo importado de Portugal para um intermediário de nome Mamadú Djico para a venda no mercado nacional.

Em declarações â imprensa hoje, durante o acto de apresentação pública do referido produto, Mamadú Djico, o intermediário de negócio cujo contentor é destinado, disse que foi contactado via telefónica a partir de Portugal por um seu conterrâneo manifestando-lhe a intenção de lhe enviar a mercadoria.

“Quando o contentor chegou ao Porto de Bissau, fui contactado por um despachante que informou-me de que o despacho do contentor custa três milhões de francos CFA, para além dos quinhentos mil que paguei ao Porto de Bissau para retirar o contentor”, explicou.

Informou que quando foi para o armazém para a descarga do contentor, constatou-se que os sumos já estão fora de prazo desde 2019, tendo os Inspectores do Ministério do Comércio mandado de imediato aprender o contentor.

Mamadú Djico apelou no entanto ao Governo para a responsabilização dos autores do referido acto, que na sua opinião querem transformar a Guiné-Bissau num local de deitar lixeiras.

“Não sou o culpado por este acto, porque sou alvo de burla, a titulo de exemplo gastei avultadas somas para retirar o contentor do Porto de Bissau”, disse.

Perguntado sobre se não informou a pessoa que lhe enviou o contentor, respondeu que já lhe avisou e que este pediu-lhe para mandar o video dos sumos para accionar mecanismos junto as autoridades portuárias de Portugal.

Disse que já leva muitos anos nas actividades de negócios intermediários de importação de produtos, inclusive de viaturas mas que nunca lhe aconteceu algo semelhante.

O Inspector Geral do Ministério do Comércio, Carlos Manuel Biaguê revelou na ocasião que no interior do contentor proveniente de Portugal existem sumos cujos prazos já expiraram desde 2019, outros em 2020 e que alguns têm a data de março de 2021.

Para Carlos Biaguê, o acto foi intencional e é praticado por um grupo empresários residentes em Portugal.

Aquele responsável lamentou os parcos meios da Inspecção Geral para detectar os produtos fora de prazo importados para o mercado nacional para o consumo das populações.

O Inspector Geral do Comércio promete contudo que os seus agentes vão continuar atentos no controle e fiscalização de produtos fora de prazos nos mercados, acrescentando que, doravante, qualquer infractor apanhado verá encerrado o seu estabelecimento comercial.

Conosaba/ANG/ÂC//SG

Consumidores alertam que inflação na Guiné-Bissau está a provocar mais pobreza


O secretário-geral da Associação de Consumidores de Bens e Serviços da Guiné-Bissau, Bambo Sanhá, alertou hoje que o aumento dos preços está a provocar mais pobreza no país e que há pessoas que “vão dormir com fome”.
“Estamos a constatar a subida dos preços de primeira necessidade desde há cerca de cinco meses. Apesar do alerta da associação às autoridades competentes não houve, infelizmente, tomada de medidas e continuamos a assistir a uma especulação galopante”, afirmou à Lusa Bambo Sanhá.

Para o secretário-geral da defesa dos consumidores, está a assistir-se a um “autêntico roubo” e à “ausência de autoridade de Estado no mercado”, que, salientou, deve ser acompanhado e seguido pelas autoridades.

“O mercado livre não é sinónimo de preço livre”, afirmou, sublinhando que foram registados aumentos de preços em vários bens de primeira necessidade, incluindo no óleo alimentar, arroz, carne, sabão e farinha.

“Isto tem consequências muito negativas da vida do consumidor. Há um aumento da pobreza entre a população, há pessoas que estão a dormir sem comer, com fome, o poder de compra que já não tinham agravou-se e o papel do Governo deve ser zelar para diminuir as dificuldades no seio da população, principalmente quando há a covid-19”, disse Bambo Sanhá.

O secretário-geral da associação lamentou também que ao contrário do que se está a passar em todo o mundo, as autoridades da Guiné-Bissau não tenham tomado “medidas compensatórias para ajudar a população”.

“Na Guiné-Bissau é totalmente o contrário. A população guineense não beneficiou de subvenções de apoios nem na energia, nem no combustível e muito menos nos produtos de primeira necessidade”, afirmou.

Bambo Sanhá lamentou também o aumento dos impostos com a “cumplicidade e responsabilidade dos deputados, que aprovaram o Orçamento Geral de Estado, mesmo sabendo do impacto negativo da vida dos consumidores”.

“São os primeiros responsáveis. Há covid e este não é o momento para aumentos. Isso tudo vai reduzir o poder de compra da população e aumentar a pobreza”, afirmou.

Conosaba/Lusa

«Elis cu fala!» Campanha de caju deste ano é das piores que ocorreram na Guiné-Bissau – agricultores



O presidente da Associação Nacional de Agricultores (ANAG), Jaime Boles Gomes, afirmou hoje que a campanha de comercialização da castanha de caju deste ano é “a pior” que ocorreu na Guiné-Bissau.

“Afirmamos que a campanha de caju deste ano é a pior que aconteceu nesta terra, porque não trouxe ganhos ou rendimentos que os produtores aguardavam com toda a expectativa”, disse Jaime Boles Gomes.

Outra razão para a má campanha, apontada por Jaime Boles Gomes, é a pandemia de coronavírus.

“Mas é bom lembrar também que a campanha do ano passado correu em plena pandemia, por isso correu mal”, disse hoje à Lusa, o presidente da associação de agricultores guineenses.

Jaime Boles Gomes explicou que a campanha da castanha de caju está dividida em três fases.

A primeira tem início com a limpeza dos pomares e é realizada entre os meses de novembro, dezembro por grupos de jovens recrutados pelos proprietários nas tabancas e que são pagos apenas no período da colheita da castanha.

“Por causa da restrição, que impediu a aglomeração das pessoas, isso acabou por influenciar negativamente uma boa prestação do serviço em termos de limpeza”, disse.

A segunda fase é a fase da colheita que é conhecida como a campanha de caju (colheita da castanha), onde se regista a deslocação das populações, em particular das mulheres, de uma região para a outra e se realizam contratos de prestação de serviços da colheita de castanha com os donos dos pomares.

“Infelizmente, a pandemia de coronavírus não permitiu igualmente a deslocação das pessoas por causa das medidas de restrição impostas pelas autoridades sanitárias”, referiu.

A terceira e a última fase é a fixação do preço de referência pelo Governo, o anúncio de abertura da campanha e o controlo da operação da própria campanha de cajú.

Jaime Boles Gomes afirmou que o governo anunciou este ano o preço de base da castanha quase no fim da colheita da castanha e que aquele preço “não foi implementado na prática”.

O representante dos agricultores guineenses criticou o Governo por pouco ou nada ter feito para controlar ou fiscalizar a comercialização da castanha de caju, sobretudo a implementação do preço base de 360 francos CFA por quilograma (cerca de 0,54 euros).

Jaime Boles Gomes afirmou que os preços praticados rondaram os 250 (cerca de 0,38 euros) e os 300 francos cfa (0,45 euros).

“Nenhum produtor conseguiu vender a sua castanha por mais de 360 francos CFA por quilograma. A gestão da campanha não nos favoreceu como produtores, porque as medidas que permitiriam que os agricultores beneficiassem de alguma coisa não foram cumpridas, sobretudo no que tem a ver com a compra da castanha pelo preço base anunciado”, contou.

Questionado se ainda existe castanha nas matas, respondeu que neste momento não há castanha nas mãos dos produtores, acrescentando que apenas os intermediários é que têm castanha nos armazéns.

A Guiné-Bissau exportou em 2020 um total de 156 mil toneladas de castanha de caju. Este ano prevê-se a exportação de 175 mil toneladas, mas de acordo com informações do Ministério do Comércio já se conseguiu exportar até quinta-feira 76 mil toneladas.

Conosaba/Lusa

Candidaturas presidenciais em Cabo Verde apresentadas até 18 de agosto





As candidaturas às eleições presidenciais em Cabo Verde devem ser apresentadas junto do Tribunal Constitucional até 18 de agosto, 60 dias antes do escrutínio, em 17 de outubro, conforme calendário publicado hoje pela Comissão Nacional de Eleições.

Segundo o calendário publicado em Boletim Oficial, e que a agência Lusa teve acesso, no dia seguinte ao término do prazo para apresentação das candidaturas de cidadãos eleitores, ou seja, 19 de agosto, vai acontecer o sorteio da ordem a atribuir às candidaturas no boletim de voto.

O Tribunal Constitucional dá aos mandatários nacionais do candidato 48 horas para suprir irregularidades e a decisão sobre a admissão de candidaturas será conhecida em 23 de agosto, cinco dias a contar do termo do prazo para apresentação das candidaturas.

De acordo com a Constituição de Cabo Verde, o Presidente da República é eleito por sufrágio universal e direto pelos cidadãos eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro.

Só pode ser eleito Presidente da República o cidadão "cabo-verdiano de origem, que não possua outra nacionalidade", maior de 35 anos à data da candidatura e que, nos três anos "imediatamente anteriores àquela data tenha tido residência permanente no território nacional".

Define ainda que as candidaturas para Presidente da República "são propostas por um mínimo de mil e um máximo de quatro mil cidadãos eleitores.

Segundo o calendário, desde 27 de julho que está proibida a propaganda política feita, direta ou indiretamente, através de qualquer meio de publicidade comercial, paga ou gratuita, em qualquer meio ou suporte de comunicação.

Esta proibição começou no dia em que o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, marcou, em decreto presidencial, para 17 de outubro a primeira volta das eleições presidenciais e a eventual segunda volta para 31 do mesmo mês.

A partir de 60 dias antes das eleições os titulares de cargos políticos estão igualmente proibidos de aprovar ou conceder subvenções, donativos, contribuições e patrocínios a particulares e de realizar cerimónias públicas de lançamento de primeiras pedras ou inaugurações.

As eleições presidenciais de 17 de outubro vão fechar o ciclo eleitoral em Cabo Verde, após eleições autárquicas em outubro de 2020 e legislativas em abril deste ano.

As últimas presidenciais em Cabo Verde, que reconduziram o advogado e constitucionalista Jorge Carlos Fonseca como Presidente da República, realizaram-se em 02 de outubro de 2016 (eleição à primeira volta, com 74% dos votos), que já cumpriu os dois mandatos permitidos por lei.

A última eleição presidencial com recurso a segunda volta em Cabo Verde aconteceu em 2011, na eleição ao primeiro mandato de Jorge Carlos Fonseca.

O Presidente cabo-verdiano afirmou anteriormente esperar que em 20 de outubro do 2021, dia em que termina o seu último mandato, o "país já tenha um novo Presidente eleito".

Conosaba/Lusa

ORLANDO MENDES VIEGAS, PRESIDE A REUNIÃO DE TRABALHO DE PREPARAÇÃO DO CONGRESSO DO PRS

 

Reunião de Trabalho sobre a presidência do 𝐏𝐑. 𝐎𝐫𝐥𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐌𝐞𝐧𝐝𝐞𝐬 𝐕𝐢𝐞𝐠𝐚𝐬