Política/"Sector de saúde merecerá uma atenção particular do actual governo" diz vice-primeiro ministro

Bissau, 30 Dez 20 (ANG) – O Vice-primeiro ministro, Soares Sambú garantiu esta quarta-feira que o sector de saúde vai continuar a merecer uma atenção particular do actual executivo “porque o chefe de Estado disse sempre que é uma área que constitui prioridade”.

Sambú falava após uma visita ao novo morgue do Hospital Nacional Simão Mendes.

O governante entregou, na ocasião, uma ambulância e motorizada ao ministro de saúde, que deverão ser afectadas ao serviço da Medicina Legal para aumentar as suas capacidades de intervenção.

Segundo Soares Sambú, as doações ao Ministério da Saúde estão a ser feitas na sequência da visita que o Presidente Umaro Sissoco Embaló efectuará recentemente ao Hospital Simão Mendes.

Para o ministro da Saúde a instituição que dirige está de parabéns porque houve uma inovação, porque “o ministro das finanças sempre declarou que vai investir na saúde para fazer virar a página da saúde na Guiné-Bissau”.

António Deuna disse que, o Morgue visitado já dispõe de um departamento encarregue de fazer autopsias, para esclarecimentos sobre a origem da morte.

"Infelizmente não temos ainda especialista na área de anatomia patológica. É um trabalho que o nosso colega da Medicina Legal tem estado a fazer. Agora somos obrigados a formar especialista para essa área”, disse António Deuna. 

Conosaba/ANG/MI//SG

Turismo/Operadores contam organizar em 2021 um evento internacional para demonstrar as potencialidades do país

Bissau, 30 Dez 20 (ANG) - A Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau em parceria com o Governo prevê a organização de um certame internacional para demonstrar as potencialidades turísticas, gastronómicas, culturais e artesanais da Guiné-Bissau.

O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo presidente da desta associação, Jorge Paulo Cabral, numa conferência de imprensa na qual procedeu ao balanço das actividades desenvolvidas pela associação ao longo de 2020.

Jorge Paulo Cabral disse que organização dessa exposição conta com a colaboração de parceiros da associação de Portugal, Senegal e Costa do Marfim.

“Pretendemos construir uma sede para associação, escola de formação e capacitação, também vamos lançar a cooperação com os nossos parceiros da Sub-região, da Europa, Ásia e América”, acrescentou.

Por outro lado, Jorge Cabral explicou que iniciaram o ano 2020 com crise financeira provocada pelo impacto da pandemia de Covid-19 que abala o mundo.

“A pandemia de Covid-19 causou prejuízos económicos e financeiras incalculáveis aos operadores turísticos, o que levou a enormes dificuldades, obrigando a suspensão parcial de trabalhadores, incumprimentos de compromissos com os bancos e fornecedores”, lamentou o Presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares.

Sublinhou que estão a ter dificuldades para o relançamento das suas actividades e que por isso, esperam ter o apoio do governo para relançar o sector tal como está a acontecer em alguns países vizinhos.

“Dos pontos propostos Governo, apenas um, que consiste em isentar os pagamentos de impostos e taxas no período de Março à Setembro, foi atendido. Esperemos que os restantes também sejam atendidos”, desejou Jorge Cabral.

Os operadores turísticos ainda pediram ao Governo a actualização da legislação e regulamentação do fundo de turismo, criação de uma comissão mista que integre os Ministérios da Economia, Finanças, a Secretaria de Estado do Turismo, e o Instituto da Segurança Social, com o objectivo de discutir as soluções para a retoma das actividades turísticas, e evitar despedimentos massivos de trabalhadores.

Jorge Cabral disse que, apesar das dificuldades que enfrentaram ao longo do ano 2020, conseguiram realizar algumas actividades como por exemplo: a participação da associação no fórum do sector privado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), em Burkina Faso, e que assinaram acordos de cooperação com Associação dos Empresários Portugueses. 

Conosaba/ANG/AALS//SG

General Biaguê Na N’Tam: “O SONHO DE CONSTRUIR UMA ESCOLA NA MINHA ALDEIA CONCRETIZOU-SE”

 

O Chefe de Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Biague Na N’tam, afirmou esta terça-feira, 29 de dezembro de 2020, que o seu sonho de vários anos de construir uma escola na sua aldeia natal concretizara-se e que assim, já podia ir à reforma com dignidade, respeito e amor que tem pelas crianças da aldeia de Finete e o país em geral.

Biague Na N’tam falava na cerimônia de inauguração do Liceu General Biague Clussé Na N’tam que ele mesmo construiu de raiz, na aldeia de Finete, setor de Bambadinca, região de Bafafá, leste do país, na presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, de membros do governo, pessoas singulares e chefias militares. Na ocasião, Na N’tam disse que tinha a ideia de construir uma escola há vários anos e que se  tornara realidade. Acrescentou que qualquer cidadão guineense pode estudar no Liceu General Biague Clussé Na N’tam, porque é para todos não apenas para naturais de Finete.

O responsável do Estado Maior das Forças Armadas assegurou que a escola que acabara de ser inaugurada irá ajudar as crianças de famílias mais carenciadas para não  percorrerem  longas distâncias como acontecia havia muitos anos em que as crianças saiam da aldeia a pé para Bambadinca, numa distância de 20 quilometro, ida e volta, a fim de assistirem as aulas.

“Quero uma vida diferente para as crianças da minha aldeia em relação aquilo que a nossa geração tinha. Nós tínhamos estudado numa escola precária construída com “blocos de barro” e coberto de palha, mas hoje no mundo atual é diferente, devemos construir escolas com as condições mínimas para que as crianças possam estudar e aprender bem, por isso decidi construir essa escola com apoio de parceiros, empresários e amigos.

Por seu lado, o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, que foi quem presidiu a cerimônia de inauguração, informou que qualquer filho digno sentir-se-ia bem com um ato desse gênero. Acrescentou que construir uma escola daquela categoria para as crianças apreenderem a fim de poder dar continuidade ao processo de desenvolvimento da Guiné-Bissau é um ato nobre e excelente do General Biague Na N’tam e que espera que esse ato sirva de exemplo para todos os filhos guineense com meios para fazer algo de gênero.

“O ato de Biague Na N’tam despertou bastante atenção no país, assim marcou a sua história não só na aldeia de Finete, mas também no país em geral. Portanto quero convidar o antigo Chefe de Estado, José Mário Vaz, para além do apoio que deu ao general Biague na construção deste liceu, que construa de raiz uma escola em Calequisse, porque ele vai construir também uma escola em Canquelefa, local onde estudou pela primeira vez após a independência nacional”, sublinhou.

De recordar que a construção do liceu General Biague Clussé Na N’tam teve a duração de 14 meses, tem 9 salas de aulas com capacidade para até 40 alunos, totalizando assim 444 alunos do primeiro ao nono ano de escolaridade e 15 professores. Também dispõe de uma biblioteca, sala de informática e secretaria.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A

Conosaba/odemocratagb

Sede do PAIGC invadida por alguns minutos pelos militares e policiais



O presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) e vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Cipriano Cassamá, deslocou-se na tarde desta quarta-feira (30. 12), à sede da formação política, alvo de invasão momentânea por parte de militares e polícias, para condenar o ato.
Um grupo de militares, agentes da Guarda Nacional (GN) e da Polícia de Ordem pública (POP) invadiram na tarde desta quarta-feira a sede do PAIGC, por alguns minutos, com o objetivo desconhecido, nos primeiros momentos.

Mas, no início desta noite, o Jornal Capital News apurou que na origem da invasão à sede estaria o alegado barulho que vinha daí, na sequência do ambiente de confraternização vivido no local, com música, por parte dos veteranos do partido.

E em conversa com o CNEWS, um dos agentes da Polícia da Ordem Publica que esteve no local, informou no início da noite que a situação já se encontrava calma depois da saída dos militares da Presidência.

O CNEWS sabe que os militares em causa pertencem ao batalhão da Presidência da República.

Na sede invadida, um “velho” comandante militar esteve em conversa com a direção de antigos combatentes, membros do PAIGC, que tinha acabado de realizar uma conferência de imprensa.
Primeiro foram os militares e depois agentes da GN e da POP, que também não demoraram no local, conforme testemunhou o repórter do Capital News, no terreno.

Em conversa telefónica esta noite com o Capital News, o Comandante da Primeira Esquadra da POP, Fodé Dabó, disse que a situação “já está calma” , tendo os seus agentes retirados das imediações da sede do PAIGC.

O CNEWS soube que para o dia 31 de dezembro, quinta-feira, o PAIGC agendou um encontro de confraternização para assinalar a passagem do ano 2020/2021.

Os jovens militares, que invadiram a sede do PAIGC, revistaram a máquina fotográfica do repórter do Capital News, obrigando-o a apagar as imagens que tinha registado, o que não passou de vã tentativa, e o CNEWS conseguiu publicar as imagens.

Por CNEWS com Conosaba do Porto

PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU - MENSAGEM À NAÇÃO POR OCASIÃO DO ANO NOVO - 2021

 

Mensagem à Nação por ocasião do Ano Novo.

Caros compatriotas,

Fidjus di Guiné,

Chegou ao fim o Ano de 2020. Um Novo Ano vai começar.
Começar um Novo Ano é também uma boa ocasião para celebrarmos a nossa unidade nacional, o orgulho de sermos guineenses.
Fidjus di Guiné,
Gratidão, é a palavra que vos dedico, hoje, quando se passou praticamente um ano, depois da última eleição presidencial. Os guineenses foram às urnas e, livremente, escolheram o seu Presidente da República. Com civismo.
Sob a garantia de competência e transparência da Comissão Nacional de Eleições. E, ainda sob o olhar atento dos observadores internacionais.
Ao povo guineense, exprimo, pois, toda a minha gratidão. Por ter feito recair, na minha pessoa, o sentido do seu voto maioritário, garantindo, assim, a minha vitoria eleitoral inequívoca. Tenho a certeza de que a minha vitória eleitoral foi uma aposta na mudança, uma determinação de gente cansada dos discursos de arrogância, de discriminação negativa e de ódio.
Quero deixar aqui o meu público reconhecimento a todos os Observadores Internacionais e, em particular, à CEDEAO, NAÇOES UNIDAS, UNIÃO AFRICANA, CPLP. A verdade é que a comunidade internacional, que acompanhou de perto o nosso processo eleitoral nunca hesitou. Foi imparcial. E, muito cedo, soube quem foi o justo vencedor das eleições presidenciais, de dezembro de 2019.
Fidjus di Guiné,
O ESTADO Guineense, é a nossa unidade política.
“Estado piquinino ka tem” - é a frase que tenho repetido mais vezes. Que me serviu para resgatar o SENTIDO DE ESTADO. Reafirmar a cultura de soberania.
A nova geração de guineenses precisava tanto desse resgate. Para novamente poder caminhar de cabeça erguida. Confiante. Sem complexos de Inferioridade. Sem medo. Com suporte na nossa auto-estima nacional.
Foi exatamente assim que fechamos o ano de 2020. Sem nenhuma Missão Militar estacionada no nosso território nacional. Sem nenhuma Missão Política de “acompanhamento”. Tudo isso, acabou, de vez.
A consequência desta política de Estado, é evidente. Devolvemos DIGNIDADE às Forças Armadas Guineenses, símbolo da nossa Identidade nacional.
Duas paradas militares – do dia 24 de setembro e do dia 16 de novembro – demonstraram uma coisa muito importante. O povo guineense voltou a respeitar e a orgulhar-se das suas Forças Armadas. E, dessas jornadas patrióticas – de 24 de setembro e de 16 de novembro -, ficou-nos uma certeza. Os nossos convidados – chefes de Estado, e a generalidade dos diplomatas acreditados no nosso país – perceberam que a Guiné-Bissau realmente mudou.
De facto, restabelecemos a autoconfiança. Voltamos a ter voz própria. A falar e a sermos ouvidos. A sermos mais respeitados. Para começar, isto já é um dado adquirido na CEDEAO e nas instituições regionais africanas. Mas vai ser assim também nas outras organizações, de que a Guiné-Bissau é Estado-membro.
Bissau está, neste momento, em obras. São obras de requalificação de algumas artérias, significativas, da nossa cidade-capital. Os seus efeitos na circulação rodoviária, vão ser, certamente, muito positivos, para benefício de todos. Mas tudo isto foi “apenas” o resultado de um ambiente diplomático novo, de simpatia, de pragmatismo, de solidariedade. Que a Guiné-Bissau, pela ação do seu Presidente da República, está a desenvolver no quadro da CEDEAO.
A REFORMA POLíTICA é indispensável.
O longo bloqueio político, que reduziu a Nona Legislatura a uma situação de falência da nossa instituição parlamentar, é uma lição para hoje e para o futuro. A lição de que esse passado não poderá voltar a repetir-se.
Fidjus di Guiné,
Como aconteceu, e ainda está a acontecer no mundo, a Guiné-Bissau também não escapou aos graves efeitos da pandemia da COVID-19. No estado de saúde da nossa população, no desempenho escolar das nossas crianças e jovens, na atividade económica, etc. Todas as famílias guineenses foram atingidas, com maior ou menor intensidade.
Sendo a Guiné-Bissau um país pobre e, decorrente disso, com um sistema de saúde pública, longe de ser completamente resiliente ao choque da pandemia, o Estado não poupou esforços, desde o início, para debelar e controlar a anunciada crise sanitária.
Foi criada, por decreto Presidencial, a Alta Autoridade de Luta contra a COVID-19, que permitiu agilizar, no plano funcional, quer o acompanhamento quer a resposta aos riscos e às ameaças derivadas da evolução da pandemia.
Quero salientar, em particular, a presença no terreno, de uma Missão Médica Cubana. Que veio reavivar os profundos laços de solidariedade que ligam os povos guineense e cubano, desde a nossa luta armada de libertação nacional.
Aos profissionais de saúde – médicos, enfermeiros, auxiliares – quero deixar, em nome do povo guineense, o meu reconhecimento pelo esforço consentido. Por tudo o que fizeram para, no contexto difícil da pandemia, correr riscos, tratar doentes e salvar vidas.
Caros compatriotas,
Fidjus di Guiné,
Com a minha eleição como Presidente da República, abriu-se um novo ciclo político na Guiné-Bissau. Ganhei a disputa eleitoral. Mas não é para me tornar, simplesmente, “mais um Presidente”, um presidente de turno, entregue à rotina, à velha tradição de um exercício presidencial muito próximo da irrelevância.
Ganhei para MUDAR. Ganhei para REFORMAR. Ganhei para retirar a Guiné-Bissau do ponto-morto em que se encontra ‘encravado’, há décadas. Mudar e reformar, mas sempre com suporte nos preceitos constitucionais.
Poso afirmar, sem qualquer exagero, que os meus dez primeiros meses de mandato, já forneceram bastantes provas de que a situação está a mudar. Vai continuar a mudar para corresponder às legítimas aspirações dos guineenses.
É este o COMPROMISSO que assumi com o povo guineense. Um COMPROMISSO que venho RENOVAR, hoje, nesta mensagem de Novo Ano.
Com o novo ciclo político já em curso, o ano de 2021 marca também o início de uma década – a década de 2021-2030. Vão ser 10 anos de grandes desafios.
Um tempo desafiante para a minha geração – que chamo de “geração do concreto”. Esta geração vai deixar o legado de uma Guiné-Bissau muito diferente, de desenvolvimento económico e de justiça social.
Ao terminar esta minha mensagem, desejo a todos os meus compatriotas, a todas as famílias guineenses, um Novo Ano de paz, de esperança, de trabalho e de muitas realizações.
A todos os guineenses -, os residentes no nosso país e os que vivem, estudam e trabalham longe da sua terra natal, o meu abraço de fraternidade, e a certeza da minha solidariedade.
Feliz Ano Novo!
Viva a Guiné-Bissau!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

PR guineense diz nada ter a ver com mandado de captura contra Domingos Simões Pereira

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que não tem nada a ver com o mandado de captura internacional emitido pela justiça do país contra o ex-primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira.

O chefe de Estado, que falava no Palácio da Presidência, em Bissau, no âmbito do seu balanço do ano, aproveitou para comentar todos os temas da atualidade do país e ainda anunciar perspetivas para 2021.

Questionado sobre o mandado de captura internacional emitido contra Domingos Simões Pereira, o Presidente disse não ser o procurador-geral da República nem juiz.

"O Presidente não pode lançar nenhum mandado de captura contra nenhum cidadão, mas, todo o cidadão a contas com a justiça tem que se esclarecer perante a justiça", declarou Umaro Sissoco Embaló.

O líder guineense acrescentou, contudo, estar convencido de que o procurador-geral da República "não pode acionar mecanismos" nesse sentido se não tiver justificações, e a própria polícia internacional, a Interpol, também não poderia aceitar colaborar.

"A Interpol para validar, como já validou, o mandado de captura é porque existem indícios fortes contra a pessoa em causa", observou Sissoco Embaló.

O Presidente guineense sublinhou, no entanto, que não vai interferir neste e noutros casos que devem ser esclarecidos com a justiça.

Sem ainda especificar de que crime Domingos Simões Pereira é acusado, o procurador-geral Fernando Gomes anunciou, no dia 18, que emitiu um mandado de captura internacional contra o político que vive em Portugal desde março passado.

O líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, candidato que disputou a segunda volta das eleições presidenciais contra Umaro Sissoco Embaló, em dezembro de 2019, já anunciou que vai regressar à Guiné-Bissau no início do próximo ano.

Conosaba/Lusa

Presidente da Guiné-Bissau promete “grandes realizações” para 2021

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, anunciou hoje que 2021 será um "ano de grandes realizações", na sequência de um processo por si iniciado de recuperação da credibilidade do país perante os parceiros internacionais.

Sissoco Embaló reuniu-se com os jornalistas para fazer um balanço deste ano, responder a todas as perguntas e ainda anunciar perspetivas para 2021.

O Presidente guineense voltou a frisar ser um dirigente da "geração do concreto" para anunciar que em 2021 a Guiné-Bissau vai lançar várias obras, nomeadamente a construção de 300 quilómetros de estradas alcatroadas.

Embaló enumerou as entidades com as quais o país já concluiu negociações e outras em fase de conclusão que vão financiar as obras das estradas, obras de dragagem do porto comercial de Bissau, melhoria nas comunicações móveis e emissão de novos passaportes.

O Presidente guineense anunciou ainda que em 2021 vários países vão abrir embaixada em Bissau e o país vai ter representações em várias partes do mundo, com destaque para os países árabes, frisou.

O chefe de Estado disse que já em janeiro a Guiné-Bissau vai ter o primeiro cidadão como representante num dos países da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) e outro como um dos vice-presidentes do Banco de Desenvolvimento da África Ocidental (BOAD).

Umaro Sissoco Embaló afirmou igualmente que em 2021 uma empresa turca, por si contactada, vai iniciar as obras de requalificação do aeroporto internacional Osvaldo Vieira.

Embaló não se alongou muito quando se referia ao facto de o Governo estar em negociações com uma empresa dos Emirados Árabes Unidos para a construção de um novo aeroporto internacional na vila de Nhacra, a 30 quilómetros de Bissau.

O Presidente apenas disse pretender que a empresa turca faça do atual aeroporto aquilo que fez noutros países da sub-região africana, com mais comodidade e fluidez no escoamento de passageiros e cargas.

Entre outros anúncios para 2021, Umaro Sissoco Embaló disse que tudo isso é fruto de um "trabalho de recuperação da credibilidade" da Guiné-Bissau, tarefa que considerou só ser possível com o apoio de países amigos como o Senegal e Portugal, destacou.

"Temos uma boa relação com Portugal. Os europeus e muitos países da CEDEAO perguntam-nos como estamos com os portugueses, basta Portugal dizer, como tem estado a dizer, que temos que apoiar a Guiné-Bissau para as coisas acontecerem", sublinhou o líder guineense.

Conosaba/Lusa

PR guineense diz que homólogo venezuelano pediu intervenção no caso de detido em Cabo Verde

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, anunciou hoje ter sido "por várias vezes" contacto pelo seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, no sentido de ajudar a resolver o caso do cidadão colombiano Alex Saab, detido em Cabo Verde.

Saab, de 48 anos, foi detido pela polícia cabo-verdiana em colaboração com a Interpol no cumprimento de um mandado de captura internacional emitido contra si pelos Estados Unidos de América (EUA) que agora querem a sua extradição.

Alex Saab é cidadão colombiano, mas também tem a nacionalidade da Venezuela.

O Presidente guineense, que hoje fez um balanço do ano, desmentiu que tenha sido, alguma vez, contactado pelas autoridades colombianas sobre o caso relacionado com Alex Saab.

Instado a comentar informações que circulam nos meios políticos e diplomáticos na Guiné-Bissau, segundo as quais a Colômbia estaria a pedir o apoio de Umaro Sissoco Embaló no sentido de facilitar a libertação de Alex Saab, o Presidente guineense desmentiu as alegações.

"Estou a ouvir isso pela primeira vez. Não existe nenhum pedido formal da Colômbia nesse sentido para a Guiné-Bissau", afirmou Sissoco Embaló, para esclarecer que da parte da Venezuela tem havido contactos.

"Agora o que é verdade é que o Presidente Nicolás Maduro ligou-me várias vezes para pedir-me que interceda junto dos irmãos cabo-verdianos sobre o cidadão venezuelano que está detido em Cabo Verde e que está com um mandado de captura internacional emitido pelos americanos", declarou Embaló.

Para o Presidente guineense, o pedido de apoio de Nicolás Maduro nesse sentido "é um bom sinal", porque demonstra que a Guiné-Bissau "conta para alguma coisa".

Umaro Sissoco Embaló disse ser normal que Maduro fale com o Presidente da Guiné-Bissau como também falou o Presidente (Vladimir) Putin da Rússia, o Presidente de Cuba e de outros países, destacou.

Embaló realçou aquilo que disse ter afirmado na sua recente visita privada a França, que a Guiné-Bissau "é feita de pessoas de bem" e que está disponível em tudo o que possa servir para trazer a paz no mundo.

Alex Saab foi detido em 12 de junho pela Interpol e pelas autoridades cabo-verdianas, durante uma escala técnica no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, com base num mandado de captura internacional emitido pelos EUA que o consideram um testa-de-ferro do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Conosaba/Lusa

GERAÇÃO DO CONCRETO!

 

Por: yanick Aerton

VERDADEIRO SIGNIFICADO DO SLOGAN “GERAÇÃO DO CONCRETO”, Politicamente ANALISADO.

O recém importado/inventado slogan “GERAÇÃO DO CONCRETO” não tem nada a ver com a questão etária, isto é, a idade de determinadas pessoas ou decisores que muitos situam abaixo dos 50 anos.

Não é uma magia em si, é um comportamento, é uma atitude daquela pessoa ou grupo de pessoas escolhidas para dirigir os destinos de um povo, a frente das instituições republicanas, a começar pelo mais alto magistrado da Nação até ao último escalão do servidor do Estado.

É a dinâmica que se imprime uma vez uma tomada uma decisão, é a exequibilidade de uma determinada medida que vai ao encontro daquilo que são as expectativas dos governados. É o contrário da letargia, do laisser passer, laisser faire. É o djoni djoni, mas de forma organizada e altamente profissional. É o tak tchif, e o fast track.

Que esse slogan não seja tomado como uma política destinada a afastar os mais velhos, que muitas vezes são mais preparados para o exercício das funções de direcção do que os chamados jovens, sendo alguns desses sem experiência nenhuma por nunca terem assumido no passado nenhum cargo managerial.

E no caso acima exposto, nem de exercício de cargos de direcção se pode falar, por a maior parte desses quadros seniores serem reformados, mas sim de servirem como coachs/monitores aos mais novos para produzirem mais e com aquela eficiência que seria de desejar para uma administração a altura das exigências da modernidade.

Quer-se tornar esse slogan como um mito, quando na realidade é um convite a mudança de paradigma na governação, passando do estilo clássico ao proactivo, para libertar a administração guineense dos males que a vem afectando ao longo dos tempos.

A Guiné-Bissau está repleta desses recursos que, devido ao seu background, poderiam contribuir muito para uma melhor organização do Estado, como acontece noutros países, mas os poderes políticos parecem preferir recorrer a uma juventude apressada e, em certos casos, mal preparada, para assumir, in solo, a gestão da coisa pública.

É essa a razão por que esses caloiros, muitos dos quais têm como primeiro emprego um cargo governamental, confundem a gestão da coisa pública com a gestão de uma propriedade privada, dando-se ao luxo até de se apropriarem de tudo quanto lhes é confiado para se enriquecerem, porque confiantes de que com a inoperacionalidade da nossa justiça os seus actos não terão consequenciais penais.

Para finalizar, gostaria de aconselhar aos decisores pá cubri és no casa, misturando padja nobo cu padja bedju, para tornar o funcionamento do aparelho do Estado mais harmonioso.

A Guiné-Bissau precisa de todas as competências, sobretudo aquelas que já deram provas no passado e que não constituem nenhum encargo adicional ao OGE.

Por isso, a bola está do lado daqueles que o destino quis que fossem eleitos ou nomeados a frente das instituições.

TODOS JUNTOS PELA GUINE-BISSAU!

VIVA A GUINENDADI!