O Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG) juntou-se esta segunda-feira, 30 de setembro de 2024, aos quinze partidos do xadrez político da Guiné-Bissau que assinaram um acordo de coligação Plataforma Republicana “NÓ CUMPU GUINÈ”, para concorrer às próximas eleições legislativas de novembro do ano em curso e apoiar a candidatura de Umaro Sissoco Embalo para um segundo mandato.
O acordo foi assinado no passado 25 de setembro do ano em curso na ausência do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG) e hoje os dirigentes chegaram a uma conclusão e decidiram juntar-se ao Movimento para a Alternância Democrática (MADEM G-15) liderado por Adja Satu Camará Pinto, ao Partido da Renovação Social (PRS) representado por Félix Blutna Nandungue, à Resistência da Guiné-Bissau (RGB), ao Partido da Nova Democracia (PND), ao Congresso Nacional Africano (CNA), ao Partido Africano para a Liberdade e Desenvolvimento da Guiné (PALDG), ao Partido Luz da Guiné-Bissau (PLGB), ao Partido Africano para Paz Estabilidade Social (PAPES), ao Movimento Patriótico (MP), ao Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), ao Partido Unido Social Democracia (PUSD), ao Partido da Nova Guiné Democrática (PNGD), ao Partido Republicano Guineense (PRG), ao Manifesto de Povo (PMP) e ao Partido da Reconciliação e Trabalho (PRT).
Na cerimónia de integração, que juntou diferentes militantes e simpatizantes dessas formações políticas, realizada num dos hoteis da capital Bissau, não foi rubricado nenhum acordo formal visto pela imprensa.
Na sua comunicação, o líder do PTG, Botche Cande, pediu desculpas aos militantes e outras personalidades por não ter tomado parte na assinatura do acordo, porque faltava algo para finalizar entre dirigentes e militantes do PTG, de maneira que em nenhum momento tomará decisão sozinho sem o aval dos militantes e simpatizantes.
“Mas como foi ultrapassado, decidimos agora integrar a Plataforma, juntarmo-nos aos nossos irmãos, porque só com união será possível construir a Guiné-Bissau”, disse.
Botche Cande exortou Nuno Gomes Nabiam, Braima Camará e Fernando Dias da Costa a juntarem-se à Plataforma Republicana Nô Kumpu Guiné para que possam ganhar as eleições e dar continuidade ao processo de construção do país, melhorar as condições de vida da população guineense.
Para Botche Candé, não há motivos para que haja divisão entre os partidos políticos, porque quanto mais unidos estão mais preparados estarão para vencer o escrutínio de novembro deste ano.
“Estamos aqui para confirmar a nossa participação na coligação na Plataforma Republicana Nó Kumpu Guiné, de corpo e alma. Por isso quero chamar atenção a todos os líderes da Plataforma Republicana Nô Cumpu Guiné para trabalharem a favor do povo guineense, deixando interesses pessoais de lado” advertiu.
Em nome do Partido da Renovação Social liderado por Félix Blutna Nandungue, Ilídio Vieira Té disse que a integração do PTG na Plataforma Republicana Nó Kumpu Guiné é um ato histórico, porque surgiu para unir os guineenses e acabar com as divergências na Guiné-Bissau, onde reinará o bem estar.
“Um país é construído com a união. As divergências que estão a ser alimentadas nos últimos tempos, não levarão o país a lado nenhum”, criticou.
Ilídio Vieira Té assegurou que não têm inimigos, mas sim adversários políticos de maneira que qualquer filho da Guiné-Bissau tem dever de dar a sua contribuição para o desenvolvimento do país que “todos almejamos”.
“Ninguém deve ser julgado por uma escolha partidária diferente do outro ou por decidir escolher um candidato que quer apoiar nas presidenciais, pois só assim é possível trabalhar para uma nação próspera, defendeu.
“Escolhemos apoiar Umaro Sissoco Embaló, porque entendemos que é um homem que pode unir os guineenses. Tem vontade de trabalhar para a nação e levar o nome da Guiné-Bissau ao mais alto nível, por isso estamos aqui e queremos aproveitar essa oportunidade para desafiar os nossos colegas a integrarem a Plataforma Republicana, por estar em condições de conseguir mais de 60 deputados nas próximas eleições”, sublinhou.
Para o Secretário Nacional do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), liderado por Adja Satu Camará Pinto, José Carlos Macedo Monteiro, integrar o PTG na Plataforma Republicana é uma mais valia para coligação, pois pode ajudar para vencer as próximas legislativas.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: Marcelo Na Ritche
Conosaba/odemocratagb
