terça-feira, 31 de janeiro de 2017

PR DA GUINÉ-BISSAU PEDE CONTRAPARTIDAS PELAS LICENÇAS DE PESCA ATRIBUÍDAS A NAVIOS ESTRANGEIROS



O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, quer que as licenças de pesca marítima do país só sejam atribuídas a quem descarregar pescado no mercado guineense ou ali comprar combustível para os navios, referiu hoje.

"Sejam eles [navios] da União Europeia, da Rússia ou de outros países, as regras têm que ser estas", defendeu José Mário Vaz, que considerou inadmissível que navios estrangeiros, ao abrigo de licenças de pesca, trabalhem nas águas territoriais do país sem deixar algum pescado para o consumo da população.

O chefe de Estado falava em crioulo ao lado do ministro das Pescas, Orlando Viegas, com quem se reuniu na presença de vários operadores do setor a propósito de uma visita ao porto de pesca do Bandim, em Bissau.

José Mário Vaz acredita que as receitas das licenças de pesca podem resolver alguns dos problemas de subdesenvolvimento da Guiné-Bissau.

O Presidente guineense acrescentou que a legislação terá que ser mudada para que os navios apanhados em pesca ilegal passem a ser confiscados a favor do Estado.

"Ministro, se o senhor não fizer isso, vai sair deste cargo. Vou tirá-lo do lugar", afirmou José Mário Vaz, dirigindo-se a Orlando Viegas, que detém a pasta do setor pesqueiro.

Conosaba com a Lusa


DEPUTADOS DO PAIGC PEDEM AO NOVO PRESIDENTE DA UA PARA ACABAR COM A CRISE POLÍTICA



O líder do Grupo Parlamentar do PAIGC apelou nesta terça-feira em Bissau, o novo presidente da União África (UA) Alfa Conde, para prestar toda atenção à Guiné-Bissau, por forma a pôr fim a crispação politica e penúria que os guineenses vivem na sequência da crise.
Califa Seide falava aos jornalistas a margem das jornadas da Bancada Parlamentar do PAIGC a decorrer nas instalações do Palácio Colinas de Boé-sede do Parlamento guineense disse esperar que o “Presidente Condé vai se decidir mais atenção a Guiné-Bissau”, for forma a pôr fim a crise política.

O político do PAIGC assegurou que a divergência entre o Presidente Mário Vaz e o líder do PAIGC, DSP não afectava na altura o normal funcionamento das instituições do país. Mas sim, a crise política nasceu a quando da exoneração do primeiro Governo constitucional do PAIGC.

Conosaba/Notabanca


«QUEIXA-SE DE FALTA DE SEGURANÇA» CIPRIANO CASSAMÁ REUNIU-SE HOJE COM ELEMENTOS DA COMUNIDADE INTERNACIONAL



O Presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, reuniu-se hoje com elementos da comunidade internacional para se queixar de alegada falta de segurança no edifício da Assembleia Nacional Popular (ANP).

Segundo Ansumane Sanhá, diretor de gabinete, a falta de condições de segurança terá a ver com o facto de o Governo ter mandado substituir o corpo de vigilância do edifício do Parlamento "sem o consentimento" de Cassamá, "como manda a lei".

Numa reunião de cerca de hora e meia em casa de Cipriano Cassamá, onde está a exercer funções, o presidente da ANP transmitiu a sua preocupação aos membros do grupo P5: representantes em Bissau da Comunidade Económica de Estados de África Ocidental (CEDEAO), União Africana, União Europeia, Comunidade de Países de Língua Portuguesa Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Nações Unidas.

Ansumane Sanhá afirmou que a situação no Parlamento continua "numa indefinição total" e que Cipriano Cassamá quer que o P5 ajude na busca de uma solução que inclua a retirada do corpo de segurança colocado no local pelo Governo.

O primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló, disse que compete ao ministro do Interior determinar a substituição do corpo de segurança em qualquer órgão de soberania e que a mudança operada no Parlamento obedeceu à lei.

Sissoco Embaló prometeu mesmo que irá mandar reabrir as portas do Parlamento, que têm estado fechadas há mais de um ano, devido às divergências entre o órgão legislativo e o Governo.

Cipriano Cassamá transmitiu também ao P5 a sua estranheza pelo facto de a CEDEAO ainda não ter disponibilizado soldados para garantir segurança no Parlamento como tem feito com outros órgãos de soberania.

O diretor do gabinete do líder do Parlamento assegurou que o P5 prometeu uma resposta às preocupações de Cipriano Cassamá.

Da parte da comunidade internacional ninguém prestou declarações no final do encontro.

Por alegada falta de condições de segurança no edifício do Parlamento, Cipriano Cassamá tem vindo a trabalhar na sua residência há cerca de duas semanas, facto considerado por deputados que apoiam o Governo de Sissoco Embaló como abandono de serviço.

Ansumane Sanhá refuta a acusação e afirma que a lei guineense prevê que o órgão funcione fora do edifício físico.

Conosaba/Lusa

AEROPORTO GUINEENSE REFORÇA SISTEMA DE CONTROLO FRONTEIRIÇO

Victor Pereira

O ministro da Comunicação Social revelou, esta terça-feira, 31 de Janeiro, que é a intenção do executivo guineense instalar um sistema de controlo fronteiriço no Salão VIP do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, assim como instalar mais três outros nos postos fronteiriços da Guiné-Bissau.

Victor Pereira falava no ato da entrega dos materiais electrónicos de controlo, no qual afirmou que a “informatização destes serviços irá permitir a maior fiscalização das entradas e saídas de passageiros no país”.

Segundo Victor Pereira, os novos equipamentos são capazes de cadastrar e armazenar todos dados dos passaportes, assim como detetar os passaportes das pessoas cujos nomes estão nas listas negras do sistema de segurança nacional e internacional.

Nhima Aissatu Seide

Conosaba/© e-Global

CIPRIANO CASSAMA SOLICITA P5 PARA SOLUÇÃO DO PROBLEMA LIGADA A SEGURANÇA DE ANP

O director do gabinete do presidente da Assembleia Nacional Popular afirmou que a segurança do hemiciclo continua com forças estranhas como tem vindo a acontecer há mais de uma semana.
Ansumane Sanha falava esta terça-feira (31 de Janeiro) depois de um encontro que Cipriano Cassama manteve esta manha com o grupo “P5”. “ Foram trocadas forças de segurança á Assembleia sem o seu consentimento conforme manda a lei daí que decidimos chamar a comunidade internacional para os informar de que a segurança da ANP contínua com forças estranhas apesar de várias diligências no sentido da sua retirada”, informou.
Por outro lado diz que o grupo prometeu trabalhar no sentido de solucionar o problema que ainda continua numa indefinição. “ Assembleia pediu a colocação de forças da ECOMIG no hemiciclo mas está e deparar com resistências desconhecidas”.
Entretanto, fez saber que a lei da GB permite a ANP exercer suas funções fora do hemiciclo. “A questão do regresso do presidente reuniu aqui duas vezes mas mediante a escolta do ECOMIG. Enquanto isso prevalecer o presidente vai continuar a exercer seu despacho em casa dele. É bom esclarecer que a lei da Guiné-Bissau permite Assembleia exercer sua função fora do estabelecimento”, concluiu.
De referir que após a reunião os membro do grupo P5 recusaram prestar declarações à imprensa.
Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto

TRUMP DESPEDE PROCURADORA DOS EUA. "É FRACA NA IMIGRAÇÃO ILEGAL"


O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, despediu, na segunda-feira, a procuradora-geral interina do país que ordenou aos advogados do Ministério Público que não defendam a proibição de entrada de refugiados e outros viajantes de países muçulmanos.
Num comunicado, a Casa Branca disse que Sally Yates, membro da administração Obama, é "fraca nas fronteiras e muito fraca em [relação à] imigração ilegal", e criticou a democrata por não ter ainda confirmado a nomeação do seu Procurador-Geral, Jeff Sessions.

"A procuradora-geral interina, Sally Yates, traiu o Departamento de Justiça ao recusar fazer cumprir uma ordem legal para proteger os cidadãos dos Estados Unidos", indica o comunicado da Casa Branca. "O Presidente Trump dispensou Yates das suas funções", acrescenta.

O procurador federal Dana Boente vai assumir as funções de procurador-geral interino "até o senador Jeff Sessions ser finalmente confirmado pelo Senado, onde está a ser erradamente retido pelos senadores democratas por motivos estritamente políticos", afirmou.


O Presidente dos Estados Unidos substituiu ainda o chefe interino da Secretaria de Imigração e Alfândega, da administração de Barack Obama.

Com a Casa Branca de Trump a enfrentar múltiplos processos na Justiça e oposição em todo o mundo devido a uma ordem para banir migrantes de sete países de maioria muçulmana, a decisão de Yates surgiu como um ato desafiante.

Numa mensagem ao pessoal do Departamento de Justiça, Yates expressou dúvidas sobre a legalidade e moralidade do decreto de Trump, que já suscitou protestos em massa.

"A minha responsabilidade é garantir que a posição do Departamento de Justiça é não só legalmente defensável, como reflete o nosso ideal do que a lei deve ser, tendo em consideração todos os factos", escreveu Yates.

"Não estou convencida que a defesa da ordem executiva é consistente com estas responsabilidades, nem estou convencida que a ordem executiva é legal", acrescentou.

Assim, Yates garantiu que, enquanto for procuradora-geral, o Departamento de Justiça "não vai apresentar argumento em defesa da ordem executiva, até me convencer que é apropriado fazê-lo".

A diretiva de Yates significa que o Governo norte-americano, pelo menos por agora, não tem representação autorizada nos tribunais no âmbito destes casos.

A ordem assinada na sexta-feira proibiu a entrada no país de todos os refugiados por um período mínimo de 120 dias, e de refugiados sírios indefinidamente, e a de cidadãos de sete países muçulmanos -- Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen -- durante 90 dias.


A procuradora-geral interina, Sally Yates,

APROVADA A ADESÃO DE MARROCOS NA UNIÃO AFRICANA

Rei de Marrocos


Os chefes de Estado presentes na 28ª Cimeira da União Africana (UA) em Addis Abeba aprovaram, sem voto, a adesão de Marrocos na organização.

O reino de Marrocos torna-se assim no 55º membro da organização, uma “coroação” que é o resultado de uma intensa ofensiva diplomática marroquina no continente africano, durante mais de um decénio. É também uma vitória com sabor amargo, pois o reino se retirara da pretérita Organização da Unidade Africana (OUA) em protesto contra a presença da República Árabe Sarauí Democrática (RASD), que disputa a soberania no Sara Ocidental, que mantém o seu lugar na UA.

Durante o debate à porta fechada, o presidente senegalês, Macky Sall, declarou que 39 países da organização defendiam a adesão sem condições de Marrocos à UA, enquanto a Argélia, África do Sul e Angola, apoiantes da Frente Polisário e RASD, defenderam uma adesão sob condições. Uma das propostas adotadas prevê a criação de um comité de acompanhamento de Marrocos na sua adesão e supervisão dos princípios da UA.

Conosaba/© e-Global

LIONE BARAI, PADI FIDJUS NA GUINÉ-BISSAU, FIDJUS KATA SUPORTA N'UTRU

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

MAIS DE UM MILHÃO DE BRITÂNICOS ASSINA PETIÇÃO PARA IMPEDIR VISITA DE TRUMP AO REINO UNIDO


Donald Trump com A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May

Uma petição no Reino Unido, exigindo o cancelamento da visita de estado do presidente Donald Trump, lançada no passado sábado, já conta com mais de um milhão de assinaturas.

A primeira-ministra Theresa May está a enfrentar uma pressão crescente para cancelar a visita planeada do presidente Trump, enquanto várias figuras políticas britânicas, incluindo o líder da oposição Jeremy Corbyn, expressaram o seu apoio à petição, que afirma que a visita causaria constrangimento à rainha Elizabeth II.

No Reino Unido, qualquer petição com mais de 100.000 assinaturas será considerada válida para desencadear um debate parlamentar.

“Donald Trump deve poder entrar no Reino Unido na sua condição de chefe do governo dos EUA, mas não deve ser convidado para fazer uma visita oficial de Estado porque causará embaraço a sua majestade a rainha. A bem documentada misoginia e vulgaridade de Trump desqualifica-o de ser recebido por sua majestade a rainha ou o príncipe de Gales. Assim, durante a sua presidência, Donald Trump não deve ser convidado para uma visita de Estado ao Reino Unido,” lê-se no documento.

A controvérsia vem numa altura em que se demonstra uma indignação internacional e protestos contra a ordem de limitação da imigração do líder dos EUA anunciada na sexta-feira, impondo uma proibição de entrada temporária a cidadãos de sete países de maioria muçulmana.

Conosaba/© e-Global 

OITO AGENTES DA POLÍCIA DA GUINÉ-BISSAU DETIDOS POR SUSPEITAS DE HOMICÍDIO



Oito agentes da Polícia de Ordem Pública da Guiné-Bissau estão detidos nas celas da Policia Judiciaria por suspeita de participação direta no assassínio de um homem que tinha sido detido por furto, disse hoje à Lusa fonte policial.

Os agentes deverão ser ouvidos pelo Ministério Público nos próximos dias, indicou a fonte da Polícia Judiciária (PJ), acrescentando que os mesmos já foram inquiridos num processo interno aberto pelo Ministério do Interior.

O caso foi denunciado na sexta-feira pela Liga Guineense dos Direitos Humanos: Sadjo Baldé, guineense de 34 anos, teria sido torturado até à morte na sétima esquadra de Bissau, na noite de 22 de janeiro.

O homem tinha sido detido por furto, após queixa apresentada pela família.

O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos disse hoje à Lusa que espera que "todos os procedimentos legais sejam acionados" ao nível do Ministério Público para que o homicídio seja esclarecido.

Augusto Mário da Silva, presidente da Liga, também espera ver o Ministério do Interior a encetar as diligências administrativas contra os agentes suspeitos.

"É preciso um processo de inquérito interno que possa levar até à expulsão dos culpados", observou o dirigente da Liga, que defende "mão dura do Estado" para desencorajar o que diz ser prática recorrente em certas esquadras do país.

Afirmou ainda que a LGDH "irá até as ultimas consequências" para que os autores do crime sejam identificados e castigados.

"A polícia tem que saber de uma vez por todas que existe para proteger os cidadãos", defendeu Augusto da Silva, satisfeito com o facto de os agentes terem sido levados sob custódia para as celas da PJ.

Conosaba/Lusa

«GEBA SUMMIT» CICLO DE CONFERÊNCIAS EM BISSAU, ENTRE OS DIAS 7 E 13 FEVEREIRO DE 2017


Ciclo de Conferências que será realizado entre os dias 7 e 13 de fevereiro do corrente ano nas instalações da «Universidade Jean Piaget» em Bissau. Este ciclo de conferências está previsto nas actividades da «GEBA SUMMIT», que é um fórum de partilha de ideias e de reflexões no quadro da comunidade académica guineense dentro e fora do país.

Na verdade, a sociedade guineense enfrenta múltiplos desafios no combate à pobreza, exclusão social e luta para um desenvolvimento social e económico harmonioso. O fórum «GEBA SUMMIT» surge da constatação da importância do envolvimento da sociedade académica na procura de soluções ponderadas, integradas e participativas para os múltiplos problemas que afligem as diversas comunidades e franjas da sociedade guineense.








ALADJE ABUBACAR DJALÓ LÍDER RELIGIOSO APELA DIÁLOGO E CONCÓRDIA NACIONAL



O presidente da União Nacional dos Imames da Guiné-Bissau pede a união e o entendimento entre os guineenses.

Aladje Abubacar Djaló falava ontem 29 de Janeiro em Bissau, na mesquita de Cupelum de Baixo, na cerimónia do encerramento da leitura de Alcorão.

Só com diálogo franco e perdão se pode alcançar um verdadeiro entendimento entre os guineenses”, defendeu o líder religiosa.

O acto juntou fiéis muçulmanos provenientes de diferentes partes do país estiveram ontem na mesquita de Cupelum de Baixo para a leitura de alcorão para pedir a paz e estabilidade na Guiné-Bissau.

Conosaba/Notabanca

FRANCISCO BENANTE PEDE AO MINISTÉRIO PÚBLICO MAIS CONTENÇÃO PARA NÃO TRANSFORMAR NUM CÃO DE CAÇA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA



O antigo presidente da Assembleia Nacional Popular igualmente Inspector Superior de Luta Contra Corrupção Francisco Binante qualifica de quadro negro e jamais visto, as actuações do Chefe do Estado, José Mário Vaz.

Em declarações nesta segunda-feira à imprensa, Francisco Benante falou sobre o actual cenário político, ensombrado pelo agravamento da crise política, associado com ausência de José Mário Vaz na Cimeira da União Africana que decorre em ADDIS ABEBA, ETIOPIA. 

Benante exorta ao Ministério Público, mais contenção nas suas actuações para não transformar num cão de caça do Presidente da República, contra Nuno Na Biam, Domingos Simões Pereira e outras figuras políticas. 

O Inspector Superior da Luta Contra a Corrupção considera de triste e negra as actuações de José Mário Vaz e desvaloriza sucessivas denúncias de corrupção feitas por este no aparelho de estado da Guiné-Bissau. 

“As denuncias do Presidente da Republica Parecem mais odio e perseguição politica com vista a denigrir a imagem do líder do PAIGC, DSP”, disse Benante.

Conosaba/Notabanca

UDEMU E GOVERNO CELEBRAM 30 DE JANEIRO DIA DO ANIVERSÁRIO DA MORTE DE HEROÍNA “TITINA SILLA”



“Nô Baluriza No Mindjeris, Pabia Mindjeris i Símbolo de Paz Ku Unidade” e “Titina, UDEMU Cana Faci Bôs Mpina Cabeça Nô Ista Firme I Determinadas” são lemas escolhidos pelo ministério da Mulher, Família e Solidariedade Social e a União Democrática das Mulheres da Guiné-Bissau (IDEMU) para a comemoração de 30 de Janeiro, dia da Mulher Guineense.



De recordar que, mulher combatente heroína, Titina Sillá foi abatida pelas balas do colonialismo Português, a 30 de Janeiro de 1973, no rio de Farim, região de Oio, Norte do país, quando ía a Conacry para participar na cerimónia fúnebre de Amílcar Cabral, morto pelos seus companheiros do PAIGC. 


A praça “Titina Silá”, no Jardim do liceu Nacional Kwame Nkrumah em Bissau foi palco das comemorações da efeméride, onde algumas organizações associadas ao UDEMU e Governo também depositaram vários ramos de coroas de flores, em homenagem a valente heroína, Titina Silá, uma das mulheres destacadas nas fileiras do PAIGC, durante a difícil luta armada de libertação nacional contra o jugo da dominação colonial.

Na ocasião, Carlos Alberto de Barros, titular da pasta do ministério da mulher e família social realçou a emancipação da camada feminina, durante o processo da luta para a independência nacional.

Eva Sillá Nandigna, a filha da malograda, pediu a união e dedicação em memória daqueles que deram a vida para a causa nacional.

Gloria Eterna ao Heroína Titina Silá!

Conosaba/Notabanca









JANIRA VENCE PAICV COM 98% DOS VOTOS



Janira Hopffer Almada, actual presidente do PAICV, deverá ver hoje confirmada a sua vitória nas eleições directas realizadas no último domingo. A candidata única deverá ter obtido 98% dos votos dos era de 35 mil votantes, que registaram uma taxa de participação acima dos 70%.

A convocação de eleições directas para a presidência do PAICV foi feita pela própria Janira Hopffer Almada, depois de na sequência de três derrotas eleitorais em 2016 ter colocado o cargo à disposição. Apesar de muita contestação, não existiu qualquer lista concorrente à da actual presidente do partido.

O congresso do partido irá decorrer entre os dias 17 e 19 de Fevereiro próximo.


Conosaba/© e-Global

«TANAMU FENHI!» ALPHA CONDÉ ELEITO PRESIDENTE DA UNIÃO AFRICANA



Logo na abertura da 28ª Cimeira da União Africana, que está a decorrer em Addis Abeba, o presidente da Guiné Conacri, Alpha Condé, foi eleito presidente da organização, substituindo o presidente chadiano Idriss Deby Itno, cujo mandato chegou ao fim.

A eleição de Alpha Condé não foi uma surpresa, tendo a UA observado a regra de uma rotação regional da presidência, e assim privilegiada a África de Oeste. Os países da CEDEAO já tinham decido apresentar um candidato único, Alpha Condé.

O novo presidente da UA, cujo mandato é de 12 meses, pretende impulsionar a industrialização do Continente e promover o alargamento do acesso à energia. Alpha Condé tenciona também prosseguir com a reforma e desburocratização da organização, uma tarefa para qual fora incumbido o presidente ruandês Paul Kagamé, que demonstrou pouco entusiasmo nesta reforma.

Conosaba do Porto com © e-Global

«RECADOS» DIRETOR DA CIA MANDA RECADO A DONALD TRUMP



O diretor da Central Intelligence Agency (CIA), John Brennan, mandou recado ao recém eleito presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump.

Brennam aconselhou o Magnata norte-americano a ter mais atenção ao que diz e escreve.

Durante a entrevista que concedeu à Fox News Sunday, Brennan disse que Trump “tem de entender de vez que a presidência é mais importante do que ele próprio”.

“A espontaneidade é algo que não protege a segurança nacional ou os interesses do nosso país. Por isso, quando Trump fala ou reage nas redes sociais, tem de perceber todas as implicações ou o impacto para os EUA”, acrescentou.

Entre outras recomendações ao presidente eleito, John Brennan aconselha-o a não ilibar já a Rússia no caso dos ataques informáticos aos EUA.

«RESPOSTA» IRÃO RESPONDE A DONALD TRUMP E PROÍBE A ENTRADA DE AMERICANOS NO PAÍS



Após ver o presidente dos Estados Unidos de América, Donald Trump, “proibir” a entrada de Muçulmanos no país, o presidente do Irão não demorou, e deu uma resposta a altura aos EUA.

O Irão pagou pela mesma moeda. Segundo avançou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mohamad Javad Zarif, aquele país asiático vai proibir a entrada de norte-americanos.

Na sexta-feira passada, Donald Trump assinou uma ordem para suspender a chegada de refugiados e impor controlos aos passageiros vindos do Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano considerou a decisão “ilegal, ilógica e contrária às regras internacionais”. E acrescentou que a sua decisão vai manter-se enquanto a medida dos EUA estiver em vigor.

O governante ordenou aos serviços diplomáticos iranianos que ajudem os cidadãos do Irão que foram “impedidos de regressar às suas casas e aos seus locais de trabalho e de estudo” nos EUA.

Os agentes de viagens em Teerão disseram que as companhias aéreas estrangeiras começaram a vedar o acesso dos iranianos aos voos para os EUA.

OPERADORES PORTUGUESES LANÇAM GUINÉ-BISSAU (ILHAS BIJAGÓS) COMO DESTINO DE FÉRIAS EM 2017

LUXO NOS BIJAGÓS A francesa Solange Morin, proprietária do Ponta Anchaca na ilha de Rubane, assegura o transporte dos turistas ao seu hotel em avião privado

Os pacotes para a Guiné-Bissau serão lançados até à BTL, feira do turismo de Lisboa, como resultado da primeira viagem de reconhecimento do destino que envolveu a maioria dos produtores de viagens

Foi, literalmente, uma descoberta para os operadores turísticos portugueses. A primeira 'fam trip' à Guiné-Bissau de 'construtores' de programas de viagens promovida pela Euroatlantic de 6 a 11 de janeiro — onde participaram a Abreu, Solférias, Soltrópico, Sonhando, Clube Viajar, You e Across, que representam 80% da operação turística nacional — irá resultar na criação de pacotes de férias, de uma semana a 10 dias, a lançar já na próxima BTL (Bolsa de Turismo de Lisboa), a feira que decorre na FIL de 15 a 19 de março e que é a principal montra do turismo português.

Para os operadores turísticos, a 'pérola' deste destino novo são os Bijagós, arquipélago com 88 ilhas ao largo da Guiné-Bissau e que é um santuário natural (tem os únicos hipopótamos marinhos do planeta, entre uma grande diversidade de vida animal, como tartarugas ou chimpanzés).

"O nosso objetivo é fazer um turismo de qualidade e controlado tendo em conta o ecossistema que existe em Bijagós, cujo potencial é muito aprazível para o turismo que o mundo hoje procura", salientou Fernando Vaz, ministro do turismo da Guiné-Bissau ao receber os operadores turísticos, a quem fez o apelo de criar um produto de férias "para que os portugueses também venham à Guiné onde vão sentir-se em casa, e não só ao Algarve".

O ministro guineense frisou ainda que "o nosso turismo ainda é incipiente, recebemos 30 mil turistas por ano, e queremos aprender com Portugal. Se Cabo Verde conseguiu tornar-se um destino reconhecido nós também vamos conseguir".


MAR DE ILHAS. O arquipélago de Bijagós, ao largo da Guiné, integra 88 ilhas em estado natural, o que é considerado um paraíso para eco-turismo

Para a Abreu Viagens, a Guiné tem todas as condições para "funcionar como um destino novo" de lazer, quando até à data era "desconhecido" dos turistas portugueses, conforme destaca Leonor Ramos, gestora do produto África do operador turístico, que participou nesta viagem de reconhecimento à Guiné-Bissau.

Tirando partido dos atuais quatro voos diretos por semana que ligam Portugal à Guiné (dois da TAP e dois da Euroatlantic), a perspetiva da Abreu é lançar a curto prazo programas de viagens de 5 a 7 dias, "focados no arquipélago de Bijagós mas sem deixar Bissau de fora, pois os portugueses têm uma ligação grande à cidade", adianta Leonor Ramos. Na sua perspetiva, o perfil do cliente-alvo para o destino Guiné é sobretudo o "passageiro que já bateu outros destinos ao nível de África, como São Tomé". Mas a gestora de programas da Abreu frisa que neste destino "está tudo ainda muito verde e tem de haver promoção do país, o que não passa só pelos operadores turísticos, é essencial que o Governo guineense assuma aqui o seu papel".

NA ROTA DO HIPOPÓTAMO. Os Bijagós têm a única colónia de hipopótamos marinhos no mundo, havendo programas especiais para os avistar

O mesmo objetivo é partilhado pela Solférias. "Faz todo o sentido incluir a Guiné-Bissau na nossa programação pois África é uma das principais apostas da Solférias", salienta Cláudia Martins, gestora de produto deste operador turístico. "Estamos a trabalhar já na programação de verão, válida de maio a final de outubro, e nesta altura do campeonato o que vamos fazer é lançar de imediato uma brochura com um combinado entre Bissau e Bijagós para pôr à venda já em fevereiro, e seguramente antes da BTL."

Do que viu na viagem de reconhecimento à Guiné-Bissau, a operadora da Solférias adianta que o objetivo é "lançar programas de uma semana, incluindo cinco noites em Bijagós e uma em Bissau" e também "conseguir pacotes a preços abaixo dos 2 mil euros", dependendo das tarifas a negociar com as companhias aéreas."Vai ser um complemento muito interessante para a nossa programação", prevê Cláudia Martins, sustentando que a Guiné pode funcionar como destino "que complementa a nossa oferta 'charter' para Cabo Verde, embora dirigindo-se a um mercado diferente, que não é do 'tudo incluído', mas sobretudo clientes que procuram outro tipo de experiências. Cada vez há mais pessoas a necessitar do contacto com a natureza, do desligar dos telemóveis, e destinos como este são cada vez mais procurados".

ECOSSISTEMA. O Turismo da Guiné-Bissau diz-se empenhado em "desenvolver um destino controlado e não massificado nos Bijagós"

Segundo a gestora da Solférias, "acreditamos que não será um destino de grande volume, mas nesta fase não queremos deixar de ajudar a Guiné-Bissau com tudo o que estiver ao nosso alcance". Salienta que "estão reunidas as condições" para se lançar este destino novo em Portugal, mas sublinha que há ainda "um longo caminho para a Guiné fazer, com todas as notícias negativas que têm saído sobre o país".

"UM PARAÍSO DESCONHECIDO PARA A MAIORIA DOS PORTUGUESES"

Lara Reis, gestora de produto da Soltrópico, também considera que o destino "tem muito potencial e o produto pode ter muita saída em Portugal, mas é preciso mudar a visão que os portugueses têm da Guiné-Bissau". Sustenta que este "pode vir a ser um produto Soltrópico", mas ressalva que terá de ser ainda sujeito à análise do operador turístico relativamente à programação para 2017. Na sua opinião, "de início, e para não correr muito risco, podíamos começar com um pacote mais pequeno, de cinco noites, com Bissau e Bijagós, um paraíso ainda desconhecido para a maioria dos portugueses e que poderá ser um próximo destino a estar em voga".

Segundo a criadora de pacotes de férias da Soltrópico, "mais tarde poderíamos fazer uma identificação de pontos interessantes no país com vista a programas associados a turismo de saudade e às memórias coloniais, pois há uma grande comunidade de portugueses que estiveram na Guiné-Bissau e podem ter interesse em voltar ao país e matar saudades". Frisando que "o que procuramos na Guiné não é um turismo de massas", Lara Reis refere que no início desta operação "os preços terão de ser bastante interessantes, em comparação com outros destinos como São Tomé ou Senegal".

No caso do operador turístico You, a previsão também passa por lançar programas a curto prazo. "Nós já tínhamos pensado fazer alguma coisa na Guiné-Bissau", salienta Elisabete Augusto, diretora de operações da You, para quem a recente visita de reconhecimento ao destino tornou "o produto mais fácil de trabalhar".

TURISMO DE SAUDADE As memórias coloniais são visíveis na antiga messe dos oficiais em Bissau, que deu lugar ao Hotel Azalai

Para lançar o destino Guiné, o objetivo da You passa por "publicar circuitos de uma semana a 10 dias, com quatro a cinco noites para ir à praia, e vamos de certeza incluir Bijagós", refere Elisabete Augusto, adiantando que os programas terão um alcance mais vasto. "A nossa ideia é também montar um 'tour' pelo interior da Guiné, passando por cidades como Bafatá ou Gabu, além de Bissau, a pensar nos antigos militares que querem visitar os lugares onde estiveram durante a guerra colonial". Como frisa a diretora de operações da You, "vamos trabalhar para que as pessoas em Portugal possam vir conhecer a Guiné".


Tendo já algum tráfego para a Guiné, organizando viagens associadas a ações humanitárias, também o Clube Viajar, cujo operador é o Viajar Tours, tem a perspetiva de começar a lançar pacotes com Bissau e Bijagós. “O arquipélago dos Bijagós é um paraíso natural e apenas a quatro horas de distância de Portugal”, faz notar Manuela Varanda, agente de viagens do Clube Viajar, frisando que, face ao potencial da Guiné ao nível de programas de lazer, o destino merece começar a ser explorado. “E esta viagem de reconhecimento demonstrou tratar-se de um destino tranquilo, genuíno e com um povo muito gentil, além de ter boa comida.”


LANÇAR UM MANUAL DE VENDA PARA OS AGENTES DE VIAGENS

Para o operador Sonhando, a 'fam trip' à Guiné-Bissau foi “um sucesso”, e também "um verdadeiro derrubar de preconceitos, pois apesar da instabilidade política do país encontrámos um ambiente pacífico e seguro", salienta Mariana Correia, gestora de reservas da Sonhando.

Destaca ainda as "paisagens deslumbrantes como o arquipélago dos Bijagós, hotelaria diversificada e de qualidade, receptivos locais com produtos bem trabalhados e prontos a receber o turista português".


ENERGIA AFRICANA. Os operadores também querem destacar a vertente cultural nos programas de viagens à Guiné


Segundo Mariana Correia, "a Sonhando tudo fará para divulgar e colocar a Guiné-Bissau como um dos destinos de eleição dos portugueses", através da criação de pacotes de 5 a 7 noites, que serão lançados ainda antes da BTL. "Vamos apostar em programas de lazer, e também de turismo de saudade associados ao regresso de ex-combatentes, além caça/pesca ou negócios", adianta.

A operadora da Sonhando adianta que "a nossa intenção é fazer um manual de vendas para os agentes de viagens em Portugal, pois sabemos que apesar de uma língua que nos une, existe um profundo desconhecimento da Guiné Bissau enquanto destino turístico com enorme potencial".

Apesar de ser mais especializada em safaris, e tendo o foco em África, também a Across prevê começar a incluir a Guiné na sua programação já em 2017.

"Esta viagem deu-nos a mostrar a verdadeira imagem da Guiné", sustenta Reno Maurício, diretor-geral da Across, frisando que o seu interesse está em "destinos com uma relação forte com Portugal, locais que não tenham só animais mas também história, algo com que o cliente português se possa relacionar".
Segundo o diretor-geral da Across, "vamos já lançar três programas para a Guiné-Bissau, com vertente cultural, de vida selvagem e de praias", e a curto prazo sairão as respetivas brochuras para venda nas agências de viagens. "Vamos aproveitar os voos da Euroatlantic para vender uma série de experiências", que irão resultar em combinados de Bissau com Bijagós e com locais para safaris, além de "programas à medida na área de turismo de saudade, em que queremos levar pequenos grupos de umas 18 pessoas, pois este é um mercado forte na Guiné".

A nível de preços, Reno Maurício avisa que "não vamos ser os mais baratos do mercado, pois a nossa guerra não é a dos preços". Na Across o preço dos programas para este destino vai depender de uma série de opções disponíveis. "Na Guiné estamos a falar de um produto que pode ir de pouco mais de mil euros até três mil euros", avança.

VIDA SELVAGEM. Assistir à desova das tartarugas na ilha de Poilão é uma das experiências que os turistas podem ter nos Bijagós


"Eu acho que vai haver uma grande dose de boa vontade dos operadores que aqui vieram no sentido de promover a Guiné-Bissau", sustenta o diretor-geral da Across.

A "NECESSIDADE DE RESPIRAR NATUREZA"

Para alojar os turistas nos Bijagós, a mira dos operadores está sobretudo no Ponta Anchaca, hotel da francesa Solange Morin na ilha de Rubane onde os quartos são 'tabankas' de madeira à beira do mar e entre palmeiras, exalando um ambiente de luxo natural.

"Quando aqui cheguei isto era selva virgem, não havia nada, nada, tive de fazer tudo do zero", diz Solange Morin, assumindo o seu "grão de loucura" ao ter vendido os seus hotéis no Senegal para criar uma unidade nos Bijagós. "Tinha necessidade de respirar natureza, não há outra sensação de paz e liberdade como há aqui", confessa.

É a mesma sensação que Solange Morin quer transmitir aos clientes do hotel. "Quando as pessoas querem ver as tartarugas ou os hipopótamos, nós podemos fazer isso", garante. O Ponta Anchaca conta com várias lanchas para passeios e também um avião privado em permanência para assegurar o transporte dos hóspedes de Bissau. "É um destino que ainda não é conhecido. As pessoas perguntam: onde ficam os Bijagós?", refere Solange Morin, que tem recebido sobretudo hóspedes franceses, belgas, ingleses ou italianos, "e espero que cada vez mais portugueses".

Além do Ponta Anchaca, são sobretudo os hotéis virados para a pesca, e também de proprietários franceses, que predominam nos Bijagós.


ACAMPAR NA PRAIA O Dakosta Island Beach Camp do guineense Adelino da Costa põe a tónica na cultura bijagó

O destaque também vai para o Dakosta Island Beach Camp, do guineense Adelino da Costa, junto à praia de Bruce em Bubaque, onde parece que o tempo parou.


Além dos quartos em vivendas, o Dakosta Island tem também um espaço de tendas marcado por instalações artísticas associadas à cultura bijagó.

"Estamos num espaço protegido pela UNESCO, isto é um museu ao ar livre, é a pura natureza que está a faltar no mundo", faz notar Adelino da Costa, que trocou a vida nos Estados Unidos (onde é um lutador medalhado e tem uma rede de ginásios em Nova Iorque, com a marca 'Pump') para estar mais próximo do investimento turístico que quer reforçar na sua terra.
"A língua portuguesa está-se a perder aqui", considera Adelino da Costa, lembrando que o investimento turístico nos Bijagós está a ser feito sobretudo por franceses, e "há zero de portugueses". Como guineense, propõe-se aqui diferenciar pelo toque da cultura. "O atraso da Guiné pode tornar-se na sua principal vantagem, pois os Bijagós ainda estão em estado natural, nada foi estragado", salienta. "É um local para desligar o telemóvel e desligar de tudo. E isto para os turistas é o mesmo que lhes dar ouro."

Conosaba/expresso

domingo, 29 de janeiro de 2017

EUA: UMA MULHER ENTRA PELA PRIMEIRA VEZ NAS FILEIRAS DOS RANGERS


Kristen M. Griest, a ser cumprimentada pelo comandante, foi uma das mulheres a fazerem o curso dos Rangers em 2015



 (Si bó fiança propi bó djopoti té Mansoa, nó sta la bem purparado...bagabagas ampakay!!!)

É a primeira militar a integrar as forças especiais. Com ela, passou uma outra mulher num curso em que só se participa com folha de serviços distinta e indicação superior



O 75.º Regimento de Rangers vai ter, a partir da primavera, uma mulher nas suas fileiras pela primeira vez na história. E como oficial. O nome e posto não foram divulgados, mas o que se sabe é que completou com sucesso, em dezembro, o curso de 21 dias destinado a avaliar as capacidades de atuar em condições extremas e situações de combate. Será também a primeira mulher a integrar uma unidade de operações especiais.

Atualmente prestam serviço nas forças armadas dos Estados Unidos 207 308 mulheres, mais 6790 na guarda costeira. Somadas, correspondem a 14,6% do total de efetivos.

A ausência de informações sobre a oficial do 75.º Regimento de Rangers resulta da orientação seguida para "todos os elementos das nossas forças especiais", explicou um porta-voz ao jornal Army Times. "A identidade, área de especialidade e carreira dos nossos Rangers não são divulgados de acordo com a política de segurança em vigor", disse aquele porta-voz.

O curso, designado RASP 2 (Ranger Assessment and Selection Program, Programa de Avaliação e Seleção Ranger), destina-se a oficiais e ao equivalente a primeiros-sargentos no exército português, abrangendo treino de táticas especiais, simulação de missões e utilização de materiais e equipamentos empregues em ações reais. É ainda testada a capacidade de liderança. No RASP 2 só são aceites militares com uma folha de serviço distinta e recomendação superior.

A nova oficial foi uma das três mulheres que fizeram o RASP 2, tendo duas delas passado, só que a segunda com valores que não lhe permitiam aspirar à ambicionada boina e insígnias Rangers. Segundo o Army Times de setembro de 2016, uma mulher tentara mas falhara o RASP 2 em junho deste ano.

Há um outro curso, para sargentos e soldados (o RASP 1), com oito semanas de duração. É esta a porta de entrada para a grande maioria dos efetivos do regimento. O site de notícias militares Task & Purpose, que primeiro divulgou a notícia, descrevia o RASP 1 como um "curso brutal em que, até à data, nenhuma mulher se inscreveu".

A unidade, sediada em Forte Benning, Georgia, foi criada na II Guerra Mundial, e tem participado em todos os conflitos militares em que os EUA têm estado envolvidos desde então. Os Rangers têm atuado em tempos mais recentes no assassínio seletivo ou captura de "alvos importantes" e na realização de "outras operações clandestinas".

Em 2015, três mulheres tinham completado o curso da Escola Ranger em Forte Benning - curso de 61 dias - com sucesso. Em final desse ano, o então secretário da Defesa, Ashton B. Carter, autorizava mulheres em postos de combate desde que passassem nas provas necessárias para o efeito a partir do início de 2016. Donald Trump já deixou em aberto a possibilidade de revogar a decisão.

Um porta-voz do comando das forças especiais do Exército, do qual depende a unidade, explicou que a nova oficial dos Rangers passará àquela que é considerada a primeira força de ataque de infantaria quando terminar a missão na sua atual unidade. É atualmente oficial num regimento de apoio operacional, isto é, especializado em áreas como a engenharia, informações, comunicações, guerra química, entre outras.

Até agora, escrevia a 19 deste mês o The Washington Post, houve militares do sexo feminino em unidades a operar em conjunto com os Rangers, dando o diário americano como exemplo as chamadas equipas de apoio cultural (Cultural Support Teams) que ajudavam as afegãs e recolhiam informações.

A notícia da colocação de uma primeira mulher como oficial dos Rangers surgiu pouco antes de, por seu turno, os marines anunciarem que homens e mulheres das unidades de infantaria vão treinar em conjunto. Como explicou um dos responsáveis do 1.º Batalhão do 8.º Regimento Marine, major Charles Anklam III, ao Marine Times: "Não vamos mudar o nosso comportamento tático ou pôr em causa a coesão de uma unidade ou mudar o que quer que seja para acomodar diferenças de género enquanto estamos em ambiente operacional." Assim, as três primeiras mulheres que entraram no batalhão em janeiro vão comer, dormir e treinar com os elementos masculinos. Para o comandante do batalhão, tenente-coronel Reginald McClam, "quando fiz o juramento de oficial não disse que ia comandar marines homens ou marines femininos, nem marinheiros ou marinheiras. Afirmei apenas que ia comandar marines".

Longe os tempos em que a questão das mulheres em situação de combate era um tema profundamente controverso. Como o demonstra o caso fictício retratado no filme de 1997 G.I. Jane, protagonizado por Demi Moore.

Conosaba/dn